Capítulo 7

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"Mersault da Maison Louis Jadot, senhor?".

Por que não fala logo vinho branco? Aliás, eu odeio o vinho seco.

"Não, obrigado".

Já era a milésima vez do mesmo dia que Leo recusava o que os garçons do lugar o apresentavam. Ele estava agora no famoso evento em que os personagens principais se apresentariam como um casal, chamando a atenção de todos os presentes, logo, o ômega estava pensando em ficar no canto da sala sem chamar a atenção. Porém, neste tipo de situação, e com essa quantidade de pessoas influentes na festa, o menino não podia se dar ao luxo de ficar no canto da parede olhando a situação.

Assim, o rapaz andava pelo salão trocando palavras ocasionais com as pessoas que se encontravam ali. Uma coisa interessante e favorável que ele percebeu era a presença de diversos empresários influentes que apareceram no livro, então Leo estava realmente fazendo a festa ao criar conexões com essas pessoas.

"Château Rouget Pomerol, senhor?".

Mais outro garçom se aproximou do omega e ofereceu uma bebida, porém o que o menino não sabia sobre essa recorrência era que na verdade alguns dos alfas na festa estavam oferecendo elas, como convite a um flerte. Entretanto, mesmo em sua vida passada ele não era atento a essas coisas, então situações como essas em seu estado atual, não eram vistas como anormais.

"Não, obrigado".

Procurando os personagens principais da noite, Leo olhava freneticamente ao redor, mas até aquele presente momento eles não tinham chegado. Porém esse fato não era grande coisa aos seus olhos, já que os personagens principais sempre são os últimos a chegar.

"Com licença, você aceitaria uma bebida?".

"Sim?".

Um homem de idade considerável, com os cabelos já parcialmente brancos, parou em sua frente e tentou iniciar uma conversa. Pela sua pose dominadora, o Leo adivinhou facilmente que estava falando com um alfa de renome.

Aí, aí, mereço.

"Obrigado".

Aceitando a taça por motivos de educação, o rapaz não se atreveu a provar a bebida nem colocá-la aos seus lábios, com medo de que a própria estivesse batizada.

"Vamos para um ambiente um pouco mais particular para que possamos nos conhecer melhor".

Não conhecendo os perigos reais em ser um ômega, Leo acompanhou aquele homem de meia idade, que mantinha um sorriso simpático, até o terraço do salão. Alguns olhos preocupados os perseguiram.

O homem que estava na frente de Léo era o dono de uma grande companhia de canal de televisão aberto, o que dava a ele uma imunidade para estar acima da lei. Esse fato não relatado diretamente ao ômega, já era sentido por esse homem, que se achava acima do padrão do senso humano.

Demorou alguns minutos para Leo entender o que estava errado com aquele senhor, mas quando a compreensão veio para ele, os dois já estavam muito longe das outras pessoas, em um lugar isolado.

É cada situação de merda que eu me coloco. Porra!

"Qual é o seu nome?".

O homem tentou se aproximar do ômega, colocando a mão na pilastra que estava na lateral da cabeça do menino, o qual deu um passo para trás, pegando um distanciamento seguro.

"Eu gosto do meu espaço pessoal, senhor".

O outro homem, não gostando desse afastamento, deu mais um passo em direção ao outro, o que forçou Leo a ir mais uma pernada para trás.

With Love LeoOnde histórias criam vida. Descubra agora