………………………… Ponto de vista do Maximiliano Bianchi …………………………
Chegando na frente do galpão, alguns homens uniformizados com roupas escuras e longas o esperavam, parados em posição ereta. Max apenas fez um pequeno sinal com os seus dedos das mãos e dispensou todos, liberando o caminho à sua frente.
O alfa entrou cuidadosamente no local escuro e abafado, tomando uma atenção especial em evitar ruídos que denunciassem a sua presença, ele queria pegar de surpresa a pessoa presa lá dentro.
Assim que viu o corpo encolhido ao canto, Max ficou um pouco decepcionado com o que viu, pois o mesmo pensava que o que iria encontrar era uma figura corpulenta e bruta, assim como seus atos. Mas a pessoa frágil, delicada e tosca a sua frente o surpreendeu, a pessoa parecia estar com o braço enfaixado, causado por algum acidente recente, o que o deixava ainda mais patético.
Que porra… É como dizem, não se pode confiar em uma pessoa apenas pela sua cara.
O homem demorou alguns minutos para perceber a presença do alfa e quando o fez, tomou um susto com o alfa misterioso.
"Quem é você?!".
A pessoa, que estava amarrada no chão, perguntou confusa. Marcus não tinha ideia do que aconteceu, em um minuto ele estava andando pelas ruas do centro calmamente e no outro foi arrastado para um carro preto por alguns indivíduos não identificados. Depois disso, talvez por causa do trauma, ele só lembrava de ser jogado nesse galpão atual e agora estar frente a esse homem.
"Você não precisa saber".
Max se aproximou mais do homem e verificou o seu estado. Ele parecia estar bem, apesar dos arranhões visíveis no rosto e pernas, bem de mais para o gosto do homem.
"Me solta, seu desgraçado!".
O homem começou a sacudir loucamente os braços, fazendo a corda raspar e cortar os seus pulsos, ao mesmo tempo em que começava a levantar com o apoio dos seus joelhos. O alfa apenas olhou para a pessoa com nojo e sem falar nada, deu um chute nos ombros da mesma fazendo-a cair novamente com a bunda no chão.
"O que você já fez ao Leo Borgia?".
Max ordenou observando o homem caído no chão, ele já sabia sobre algumas coisas que aquele cara teria atentado contra o ômega, mas as informações coletadas ainda eram muito incompletas. Nenhuma pesquisa é 100% certa, sempre existirá coisas que ficam encobertas e era isso que o alfa queria descobrir.
"Responda!".
O alfa queria socar aquela cara até deformá-la por completo, mas se controlou porque ainda precisava tirar algumas averiguações do Marcus.
"Quem é você?".
Se recusando a responder a pergunta do alfa, o homem rebateu com uma pergunta. Max ao ouvir isso, suspirou frustrado, foi naquele momento que percebeu que não iria conseguir o que queria da maneira mais fácil, logo com uma nova resolução na mente ele decidiu agir.
O alfa primeiramente segurou o homem pelo seu ombro e com a mão direita deu um soco bem forte na boca do estômago do cara. Depois disso ele jogou para trás o tronco da pessoa, a fazendo cair deitada no chão, e deu mais quatro murros na cara quebrando o nariz do outro.
Marcus começou a sangrar por vários lugares na face como nariz, boca, testa e bochecha. Ele iria ficar inchado durante vários dias, mas isso não era o suficiente para Max, que deu dois tapinhas no rosto do homem para despertá-lo.
"Ei, acorda! Se você não quer que eu termine de quebrar esse seu braço e cortar o outro, me responda imediatamente".
"Coff! Coff!".
O homem cuspindo sangue não conseguia falar corretamente, o que deixou o Max irritado pelo teatrinho. O alfa deu mais dois socos em cada lateral do rosto do homem, antes de falar mais alto e forte.
"Me responda!".
"Coff! Foi ele quem te contratou?! Coff, coff! Posso te pagar mais dinheiro, coff, que aquele puto!".
Assim que ouviu o nome daquele ômega, Marcus percebeu que o sequestro se tratava de vingança. Ele não tinha ideia de quem era o alfa a sua frente, mas em seus delírios o homem pensava que se pagasse uma quantia maior iria mudar o pensamento do outro.
"Cala boca!".
Com seu nível de irritação no ápice, Max segurou a pessoa pela parte de frente de suas roupas, perto do pescoço, e começou a dar uma sequência de socos no corpo a sua frente, sem parar. Ele precisa extravasar todas as suas frustrações que vinha acumulando, como as que carregava do seu relacionamento com o Leo.
O alfa bateu muitas vezes no homem até estar satisfeito, o sangue pingava por em seu rosto e roupas brancas, deixando tudo vermelho igual aos olhos do Max.
"Acho que você precisa pensar um pouco mais antes de me responder".
Largando o corpo desacordado no chão, o alfa se levantou e saiu daquele local. Assim que pisou do lado de fora, os homens que estavam parados vieram correndo em sua direção.
"Chefe, você pode tomar um banho...".
"Não precisa, irei retornar para casa imediatamente".
"Ok".
"Não chame ninguém para tratar o homem preso, nem lhe dê água ou comida, e também, caso o mesmo precise ir ao banheiro não o deixe ir. Que ele faça suas necessidades ali e suje as suas roupas!".
"Sim senhor!".
O coro de pessoas responderam em uníssono.
………………………… Alguns minutos mais tarde …………………………
"Pare. Pare agora!".
Ouvindo sua voz apressada, Douglas freiou imediatamente o automóvel e ficou parado no meio da rua.
"Encosta o carro na esquerda".
Ouvindo suas palavras, o chofer acatou a ordem. Max estava retornando para casa quando viu Leo parado no meio da rua, conversando com alguém. O alfa queria sair do carro e ir ao encontro do seu ômega, porém por estar coberto totalmente de sangue ele não podia o fazer, e só observava de longe a cena.
O homem olhou o rosto do garoto que conversava animado e não pôde deixar de sorrir com as atitudes fofas deste. Suas mãozinhas pequenas que balançavam animadas no ar, a delicada covinha que aparecia a cada vez que ele sorria, ou então os seus cabelos dourados que balançavam com os movimentos que o menino fazia, este e outros detalhes não escaparam dos olhos do alfa.
Estava sendo uma experiência fantástica até que as ações das duas pessoas começaram a deixar o homem irado. Max, que não tinha conseguido extravasar toda a sua raiva anteriormente, estava ainda mais frustrado com a cena que se desenrolava à sua frente. O seu ômega se aproximou consideravelmente da outra parte, os dois estavam tendo uma conversa super íntima.
"Quem é essa pessoa?".
"Não sei senhor".
Douglas, que não tinha ideia do que responder para o seu chefe, resolveu ser sincero. Ele esperava do fundo do seu coração que o menino com o qual o senhor Leo conversava, não tivesse nenhuma segundas intenções para com o ômega. Pelo menos para a segurança desse rapaz desconhecido.
Merda!
O alfa estava quase abrindo a porta do carro para interromper os dois que conversam felizes sobre um assunto desconhecido a ele. Quando o ômega colocou a mão no ombro do homem e o outro rapaz respondeu colocando a mão na cintura do menino, Max sentiu o máximo da sua ira. Ele abriu a porta à sua frente e estava prestes a sair na rua ensanguentado para empurrar aquele homem para longe do Leo, quando seu celular começou a tocar com uma notificação que tinha acabado de chegar. Era sua mãe, Eliza, perguntando que horas ele iria retornar para o jantar.
Se fosse outra pessoa que o tivesse mandando alguma outra coisa, talvez o alfa apenas a ignorasse, porém naquele momento foi suficiente para o fazer repensar suas ações. Ele então apenas decidiu abrir a câmera do seu celular e tirar uma foto dos dois homens, logo em seguida enviou o retrato para a Helena e pediu para que ela tomasse as devidas providências para esta situação. Decisão esta a qual o alfa iria se arrepender amargamente mais tarde.
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With Love Leo
RandomLeonard Lewis, um empresário de 25 anos, tem sua vida envolto em sua confusão, onde tudo acabou ocorrendo por causa de afogamento na piscina da casa de um amigo, enquanto estava bêbado. Após sua morte precoce, ele foi reencarnado em uma novela BL (B...