Capítulo 71

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Apesar de receber todas aquelas críticas, Max optou por ficar calado e apenas assistir toda a cena com uma expressão compassiva. O alfa sabia que o ômega não falava tudo aquilo por maldade, ele compreendia totalmente que o garoto apenas estava nervoso e precisava respirar em paz, logo o homem relevava todas as palavras que saiam daquela boca mal educada.

"Precisa de ajuda com algo? Uma água ou talvez que eu segure seu cabelo?".

"Não, a única coisa que necessito neste momento é que você se retire da porta do meu banheiro e me deixe aqui, só".

"Desculpe, se você acha que a minha presença não é necessária irei me retirar. Qualquer coisa estarei indo lá na cozinha pedindo para que seja preparada uma refeição leve para seu almoço".

Unf, saco!

"Faz o que você quiser, só me dê um minuto a sós".

Leo, em sua última parte racional do cérebro, sabia que estava fazendo errado ao tratar o alfa daquela maneira. Mas ele estava se sentindo tão mal que não conseguia parar de descontar na pessoa mais próxima a si, que naquele caso infelizmente era o homem.

Não querendo testar mais a paciência do garoto, Max se despediu e desceu sozinho até a cozinha para fazer aquilo que tinha sido informado anteriormente. Somente no momento em que o alfa se retirou que o ômega conseguiu respirar aliviado.

Tenho que avisar a Cecília sobre a próxima vez, para que ela não faça isso de novo. Onde já se viu uma coisa dessas? Chamar Max por um enjoozinho qualquer, eu consigo me virar sozinho!

Protestando ao contrário dos pensamentos lamentáveis do rapaz, seu estômago começou a fazer incontáveis barulhos.

Oh droga, mais outra vez! Eu vou parir um alien daqui a pouco.


.............................. Ponto de vista do Maximiliano Bianchi ..............................


Desde o momento em que Cecília tinha ligado para ele desesperada, isso era mais ou menos umas 05:30 da madrugada, o homem estava presente ali tentando fazer o que quer que fosse possível, porém apenas conseguindo representar uma posição de escanteio. Ele nunca tinha se sentido tão inútil em qualquer outra situação assim como aquela, o menino estava certo, Max que tinha ido até ali para servir de apoio emocional, mas no final só estava sendo um estressor final ao ômega.

"Opa, bom dia".

"Olá, bom dia senhor Maximiliano".

Uma quantidade considerável de pessoas, que trabalhavam dentro da cozinha da casa, respondeu ao homem recém chegado. Esses funcionários foram contratados, a pedido do alfa, para cuidar especialmente das refeições do ômega, este que apesar de comer tudo com frequência o botava para fora também.

"O Leo hoje está um pouco atacado hoje com os seus enjoos, por isso acho melhor oferecer apenas alimentos bem levinhos para seu café da manhã. Como talvez algumas frutas, não ácidas é claro, e algum mingau doce também seria muito bom".

"Tudo bem senhor. Nós já retiramos a maior parte dos alimentos com cheiro e sabores fortes do cardápio dele, mas como o senhor pediu alguma coisa mais leve iremos deixar as torradas com geleia para outro dia".

"Ótimo, que seja assim".

Depois de trocar essas breves palavras com os cozinheiros, Max foi ao encontro da Cecília pois tinha prometido relatar tudo o que acontecia para a mulher.

"Como ele está?".

A mulher perguntou cheia de expectativas, ela esperava receber alguma notícia boa ao ver o homem longe do seu sobrinho, porém só iria se decepcionar com as próximas palavras dele.

With Love LeoOnde histórias criam vida. Descubra agora