Capítulo 109

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Desde o primeiro momento em que tinha sido solicitado por Selena para que prestasse aquele favor, Max pressentiu que o objetivo da mulher era o tirar daquela sala e o mandar para longe, para que os dois pudessem conversar sobre algo em particular. E era por isso que o alfa não protestou tanto quanto sua saída.

Porra, eu preciso entregar isso voando e voltar logo para a sala...

Foi isso que o homem pensou assim que deu cinco passos para longe da porta e ouviu sons de uma conversa acontecendo entre Selena e Leo. E foi assim que ele fez, Max correu um bom pedaço do caminho de ida e volta, freando apenas quando se aproximou da porta novamente.

O que o alfa tinha escutado não era muita coisa, pois no momento em que retornou os dois do outro lado já estava finalizando a conversa, entretanto até mesmo o pouco que Max ouviu foi o suficiente para ele entendesse totalmente a verdade por trás da doença de seu ômega. Realidade essa que fez o sangue em suas veias ferver de raiva e ódio.

Acho que aquela pequena demonstração das minhas capacidades de destruir a vida de alguém não foram o suficiente. Talvez eu deva acabar de vez com a vida de algum deles para que os mesmos possam entender o quão longe eu posso ir e sair impune.

Max respirou profundamente e pensou em diversas coisas diferentes para apaziguar o seu ódio, coisa que ele conseguiu rapidamente, antes de abrir a porta do consultório com a maior cara de paisagem que conseguia por. Sem que Leo soubesse, a mente perversa do alfa já havia construído diversos planos violentos para fazer com que os Stevens sofressem da pior forma o possível.

"Obrigado senhor Maximiliano. Os últimos documentos que necessitam da assinatura de um dos dois responsáveis, já foram entregues e assinados pelo senhor Leo. Além de que eu também o entreguei a receita médica dos remédios necessários para o tratamento, que vocês podem estar retirando na farmácia daqui mesmo".


.............................. Alguns dias mais tarde ..............................


"Você tem certeza mesmo que quer ir?".

Leo perguntou pela milésima vez no dia ao Max, e a cada vez que ele repetia a pergunta mais inquisitória sua voz se tornava. O que ômega queria era na verdade ter certeza de que o homem o acompanhava de fato por boa vontade, ou então descobrir a verdade de que outro estava apenas se pressionando para comparecer por conta do seu relacionamento.

"Tenho sim! Você pode me perguntar um milhão de vezes que eu responderei afirmativamente em todas elas. Esse é um momento muito importante na sua vida e eu não posso e nem quero te abandonar nele. Então sim, respondendo mais uma vez, eu quero ir".

O que tinha gerado essa discussão toda era apenas um pequeno, mas considerado, fato. O garoto havia perguntado ao alfa se o mesmo queria o acompanhar na cerimônia fúnebre da Merida, a qual Cecília tinha organizado a algum tempo, e o homem prontamente concordou em ir. Acontece que a resposta afirmativa do Max foi tão forte e reta que deixou Leo desconcertado no fim, fazendo todo aquele mini debate ocorrer.

"Tudo bem, então, não irei perguntar novamente".

O menino desistiu de falar qualquer coisa em protesto e agindo de maneira obediente colocou o cinto de segurança e deixou-se ser levado no carro guiado por Max, que com antecedência havia verificado o local onde ocorreria a cerimônia. Não demorou muito para que os dois chegassem no lugar, e lá apenas um punhado de pessoas selecionadas estavam organizadas em pequenos grupos ao redor da Cecília.

Igual ao que Cecília falou, só alguns familiares. É um alívio que tenha menos pessoas do que eu imaginei que teria no fim, pelo menos é uma oportunidade a menos de passar vergonha.

With Love LeoOnde histórias criam vida. Descubra agora