Assim que chegaram ao local, Max colocou o menino sentado em um dos bancos, apoiando cuidadosamente suas costas, antes de recuar alguns passos para desanuviar a sua mente da fragrância. A alta circulação de ar fez com que muitos daqueles feromônios que escureciam sua mente irem juntos com a corrente. Porém, a visão do ômega iluminado pelo luar prateado que mostrava claramente suas bochechas vermelhas além de um rosto ofegante, ainda excitava o homem.
Os lábios vermelhos, que estavam agora entreabertos, pareciam suculentos ao toque de sua boca dando ao alfa a vontade de morder aquela fruta macia. Os olhos do Max escureceram e ganharam um brilho diferente do seu frio natural, era um lampejo animalesco. A respiração do homem também se tornou áspera com o súbito aumento do desejo. Quando o ômega mexeu bruscamente seus lábios para fechar a boca, o alfa acordou de suas fantasias.
Oh céus.
Tentando escapar da visão sedutora à frente, Max virou de costas e se encostou na mureta da cabana.
Conversar. Estamos aqui para D-I-A-L-O-G-A-R.
Processo semelhante aconteceu com Leo, ele já não estava mais sentido o sufocamento por causa do aroma, mas ao mesmo tempo, sua excitação se recusava a ir embora.
Decidindo que aquele era o melhor momento para tomar sua injeção, o ômega tirou ela da calça e aproveitou o olhar distraído do alfa para inserir a agulha na veia em seu braço esquerdo. Assim que o líquido da agulha entrou na corrente sanguínea do menino, o alívio foi imediato.
Ele estava mais estável do que nunca, porém o doutor tinha avisado que a injeção seria uma coisa que com o mesmo curto período que o alívio surge, ele também vai embora. Sendo mais uma medida de urgência, do que algo a ser recomendado usualmente.
Depois de terminar de injetar todo o conteúdo, o ômega devolveu ao bolso da sua calça o objeto já inutilizável, esse movimento foi no momento certo, visto que Max voltou a olhar para Leo.
"É..., boa noite".
O alfa estava tão sem jeito, que não sabia mais o que fazer. Ele, que nunca tinha sentido vergonha antes na sua vida, estava confuso com aqueles novos sentimentos que o invadia brutalmente. O homem queria se esconder do menino que o encarava, fugir dali.
"Boa noite".
Leo respondeu, ainda desconfiado sobre o que o vilão da história queria com ele.
"Eu me chamo Maximiliano Bianchi".
O alfa continuou falando, sem se aproximar do rapaz. Ele temia que se desse mais algum passo para perto do menino, perderia o controle com a aparência lascivamente fofa do outro.
"Eu sei".
O ômega respondeu por reflexo. Ele conhecia esse homem mais do que qualquer outro personagem da história original, e sabia muito bem do que ele era capaz de fazer. Porém, as palavras ácidas que saíram da doce figura deixou o Max ainda mais desconcertado, Leo percebendo isso se sentiu inesperadamente desconfortável e culpado.
"Desculpa, é que como você se apresentou no discurso de antes, fiquei com seu nome na cabeça".
As palavras saíram sem que o menino pudesse sequer pensar no que iria dizer.
"Ahh, claro. E qual é o seu nome?".
Por que você está perguntando se já sabe?
Era o que o ômega queria falar, mas ele respondeu outra coisa completamente diferente.
"Leo Borgia".
O homem, que já sabia do nome do menino, gostou ainda mais de ouvir a voz melódica ao dizê-lo. Ele também queria que aquele pequeno rapaz pronunciasse o seu nome com a mesma entonação.
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With Love Leo
RandomLeonard Lewis, um empresário de 25 anos, tem sua vida envolto em sua confusão, onde tudo acabou ocorrendo por causa de afogamento na piscina da casa de um amigo, enquanto estava bêbado. Após sua morte precoce, ele foi reencarnado em uma novela BL (B...