"Como vocês se conheceram?".
A voz no Max não era ameaçadora ou raivosa, e sim apenas curiosa com a situação. Ele compreendia totalmente que não tinha o direito de fazer um interrogatório com o Leo, mas não conseguia controlar seus ciúmes.
"Foi no hospital. Estava andando distraído e sem querer esbarrei nele, trocamos algumas palavras. Bem poucas para falar a verdade e por isso não entendo o porquê dele ter vindo falar comigo, entre tantas pessoas nesse espaço".
O ômega falou tão rápido que parecia que seu coração iria sair pela boca. Leo não sabia o porquê, mas não queria que o Max pensasse mal entendidos.
"Homem estranho".
Max desviou seu olhar e voltou a atenção para onde o alfa tinha ido anteriormente. Já o menino suspirou aliviado quando percebeu que o interrogatório já tinha acabado.
"Concordo plenamente".
"Mas e esse corte que ele tinha falado? O do pescoço".
"O que tem ele?".
Leo não queria responder a pergunta do Max e apenas enrolou suas palavras, se fingindo de sonso.
"Onde você fez ele? E por que precisou fazer um exame toxicológico?".
Merda!
"Foi um acidente. Soraya tinha me chamado para buscar algumas coisas que esqueci na minha antiga casa".
"Soraya?".
Antes que o garoto pudesse falar mais alguma coisa, o alfa o interrompeu quando ouviu aquele nome desconhecido.
"Minha ex-madastra".
"Ah sim. Continua, como você ganhou essa ferida?".
Leo travou um pouco por não saber como responder. Ele sabia muito bem como o Max iria continuar suas ações assim que ouvisse a resposta da sua boca.
Morte...
Uma coisa era afundar a família Stevens financeiramente, outra é matar todos os membros dela. O rapaz não tinha nenhum sentimento para com as outras partes, mas o antigo dono do corpo ainda amava o seu pai e provavelmente não permitiria que nada de mal acontecesse com ele. Era esse o único fato que o barrava suas próximas palavras.
"Éee. Um imprevisto não intencional, mas deu tudo certo e não tive nenhum problema depois".
Se esse desgraçado do Marcus não carregasse o nome Stevens com ele, as coisas seriam bem mais fáceis.
"Me conte mais sobre essa eventualidade".
Max percebeu o receio do menino em falar e resolveu pressionar, um pouco, a outra parte. Ele não queria ser mandão e supremacista, mas o incomodava de mais que o ômega não confiasse nele.
Porra! Por que ele não fala logo?
O que o alfa não percebeu era que a confiança é uma via de mão dupla, que só viria se fosse de bom grado e sem pressão.
"Uma baboseira sem muita importância".
"Que tipo de acidente precisa acontecer para que a pessoa que foi machucada vá fazer um exame toxicológico? Não parece ser uma bobeira, assim como você está afirmando".
Max estava entendendo mais ou menos que tipo de ocorrência deveria ter acontecido com o Leo. Bastava apenas juntar as palavras ômega e exame toxicológico que as teorias já se formavam em sua cabeça. Até a palavra "indutor" piscar em seus pensamentos, e o alfa compreender tudo de vez.
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With Love Leo
RandomLeonard Lewis, um empresário de 25 anos, tem sua vida envolto em sua confusão, onde tudo acabou ocorrendo por causa de afogamento na piscina da casa de um amigo, enquanto estava bêbado. Após sua morte precoce, ele foi reencarnado em uma novela BL (B...