Capítulo 127

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"Você tem mesmo que ir?".

"Sim, tenho que ir Max".

Leo respondeu a mesma coisa pela milésima vez naquele dia. Quando ouviu aquela resposta sendo dita mais uma vez e cada vez mais forte, Max se sentiu desanimado e frustrado, além disso sua mente frenética o fez até mesmo pensar em se jogar no chão e implorar para que o ômega não fosse e ficasse com ele o resto do seu dia

Quem diria que alfas perto do seu cio se tornavam ainda mais possessivos e controladores...

O garoto parou por alguns segundos e respirou profundamente, Leo sabia que agora o alfa estava mais sensível por conta de suas condições biológicas logo ele não deveria pegar tão pesado com este. Porém aquilo já era demais, Max estava praticamente pulando em seu ombro direito, como um bebê preguiça, para o arrastar de volta ao quarto.

"Já chega".

O ômega parou alguns segundos e apenas olhou sério para a cara do alfa, como se o quisesse matar com os olhos. Se Leo soubesse que ele seria assim em seu cio, ele tinha se preparado mais mentalmente ao invés de se deixar ser surpreendido e convencido pela sua carinha de pena.

"Olha, você não me encha a paciência hoje porque eu tenho que ir à loja ainda essa manhã para provar a minha roupa de casamento e eu não quero ir irritado para lá".

"Mas Leo, você não me ama mais? Não vê como estou ansioso sem você por perto".

Para provocar o ômega, o homem deu um beijo na nuca do garoto e passou levemente a sua língua macia na marcação provisória, que já era antiga. Talvez se ele marcasse Leo permanentemente sua ansiedade não seria tão forte como agora.

"MAAX!".

O ômega gritou e afastou o alfa, mas sua voz saiu mais como um gemido do que como um aviso. O que atiçou o homem que passou uma de suas mãos seguindo o traço da coluna do garoto até a base das nádegas.

"Para com isso! Eu já disse que vou sair hoje, nada vai me parar e outra, estamos no meio da sala e qualquer um pode ver, então por favor se comporte".

Um pouco irritado por ter sido negado várias vezes, o alfa assaltou os lábios do Leo em um beijo rápido e feroz, antes de se afastar insatisfeito.

"Parei, parei".

Porém, ao contrário das suas palavras, os olhos de Max estavam escuros e turvos de desejo, mostrando um perigo de um animal faminto por mais. Leo notou isso e resolveu colocar uma distância saudável entre os dois, recuando dois passos.

E para aliviar ainda mais a sua parte, seu celular tocou com uma mensagem do Noah que avisava que ele tinha acabado de chegar e esperava na frente do portão.

Opa, essa é a minha deixa.

"Noah chegou. Eu tenho que ir e você juízo!".

"Sim senhor. Estarei aqui esperando ansioso por sua volta".

Leo se despediu do alfa com um beijo rápido e correu para o portão. O ômega havia sido proibido por Max de dirigir enquanto estivesse grávido, não que houvesse algum regulamento real ou lei governamental que proibisse ele de dirigir. Porém todos sabiam que ômegas grávidos eram mais suscetíveis ao cansaço ou desmaios ocasionais, então para acontecer um assistente de trânsito não seria algo muito difícil.

O garoto também não gostava de dirigir, então ele não fez muito alarde com essa proibição e a aceitou facilmente. Por isso o menino havia pedido uma carona para Noah, que já o iria acompanhar no dia da prova de roupa. E para sua surpresa, dentro do carro do ômega já esperavam Cecília e Eliza.

With Love LeoOnde histórias criam vida. Descubra agora