Capítulo 63

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"Eu estou tão feliz por e com vocês".

"Nem me fale em felicidade, não existe alguém mais emocionada do que eu. Porém agora temos que pensar no futuro, em como vai ser daqui para frente. Tipo a marca., como vai ser?".

Eliza, mergulhada em sua euforia momentânea, demorou alguns segundos para perceber sobre, e o que ela tinha falado, e quando percebeu, rapidamente colocou a mão na boca estupefata. Entretanto, aquelas míseras palavras incompletas foram o suficiente para que o garoto entendesse qual era a intenção dela, Leo sabia que naquela sociedade, ser um ômega grávido e não marcado era pior do que ser uma mãe beta solteira. As pessoas tinham uma enorme capacidade para não conseguirem aceitar o fato de que um não alfa poderia ser livre para fazer o que quisesse, e agora que o garoto era um indivíduo público ele temia o tamanho da represália que viria.

"A doutora nos aconselhou a começar a prática da marca temporária, por causa da gravidez e os riscos envolvidos na mesma. Principalmente no momento em que o cio do Leo começar".

Por sorte Max, que estava muito atento, conseguiu controlar a situação com maestria de modo a não deixar o clima desconfortável. Leo agradeceu aquela atitude e suspirou aliviado, pois não sabia o que faria se entrasse naquele debate novamente.

"Que ótimo, lembro que no começo do nosso relacionamento, minha mãe aconselhou que eu e Eliza começássemos a exercer também a prática da marca temporária, já que ainda éramos adolescentes".

Pela primeira vez na noite, Adeline percebeu completamente o peso das palavras de sua esposa e foi ao auxílio dela junto ao seu filho.

"Sério?".

O ômega sempre pensou que, visto as posturas das duas mulheres, elas tinham se conhecido em pouco tempo e depois se marcado, não passando por momentos de dúvidas ou de sequer conhecimento entre si. Aquela nova descoberta em um certo ponto era libertador para Leo que vivia sentindo pressão em seu relacionamento lento com Max.

"Simm, apesar do nosso ofurô atual, nós tivemos um relacionamento construído lentamente".

Eliza complementou suas palavras, no que fez a outra mulher retrucar.

"Lento até demais para meu gosto".

"Você para com isso Adeline!".

Quando as duas entraram em um debate particular entre si, o ômega se segurou para não rir daquela dinâmica e pensando em dar mais privacidade para as duas, Leo se virou para o alfa.

"Bem, foi melhor do que o esperado".

"Nem me fala, mas você ainda não viu nada. Não dou nem três dias para elas quererem fazer uma festa para comemorar a notícia, aí sim, vai ser insuportável".

O garoto olhou discretamente para as mulheres e percebeu, pelo tom da conversa delas e os olhares, que aquelas palavras não eram mentiras.

Eu tenho que dar um jeito de segurá-las... Não tenho mais ânimo para essas coisas, não!

Quebrando seu raciocínio, que já fazia um plano contra as decisões da família Bianchi, o seu celular tocou brevemente com uma mensagem da Cecília, ela estava perguntando a que horas o menino iria voltar para casa pois já estava ficando tarde, fazia frio e era perigoso.

Merda... Está na hora de eu ir embora.

"Mas então gente, muito obrigado por me recepcionar assim, eu queria ficar mais um tempinho, mas acontece que a minha tia acabou de me mandar mensagem preocupada. Então terei que estar me retirando".

"Unh?".

No momento em que Leo terminou de falar tudo o que estava pensando, os três olharam desesperados para o menino pois não passaram em suas cabeças que o outro iria voltar para casa hoje.

With Love LeoOnde histórias criam vida. Descubra agora