Capítulo 39

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"Boa tarde senhor Leo!".

Matiel se aproximou dos dois homens com um belíssimo sorriso no rosto, ele sabia o quão desconfortável o garoto estava pela sua cara, mas isso apenas incentivou o homem a ir em sua direção.

Porra!

Indo um pouco mais em direção ao ômega, ele colocou a mão no ombro do mesmo e deu um aperto simpático. Leo teve que se controlar para não dar um tapa naqueles dedos penetras que faziam questão de massagear sua pele e respondeu com um tom bem seco.

"Boa tarde".

"Se continuarmos nós encontrar assim, terei ideias erradas de que você está me seguindo".

Em contrapartida ao cumprimento desanimado do Leo, o homem tentou jogar uma piada na conversa e obteve apenas uma reação aborrecida, já esperada.

"Haha. Digo o mesmo".

Não querendo que seu amigo notasse a situação estranha no ar, o ômega respondeu retirando delicadamente a mão do alfa dos seus ombros. O Benjamin, que assistia a situação sem entender, soltou um pigarro desconfortável pela exclusão.

"Desculpa não me apresentar previamente. Meu nome é Matiel, e o seu?".

"Benjamin, é um prazer conhecer você".

Se você soubesse quem é esse cara de verdade, não diria isso.

Era o que Leo queria responder, mas apenas sorriu para os dois homens que trocavam um aperto de mão. Sem pedir permissão, o alfa penetra se sentou em uma cadeira ao lado de Leo, fazendo questão de ultrapassar a linha do limite do espaço pessoal.

"Vocês são amigos?".

O homem perguntou assim que acabou de ser atendido por um garçom próximo. Igual aos dois indivíduos que estavam sentados ali originalmente, Matiel pediu um pedaço de bolo de chocolate e um pouco de café.

Leo olhou para aquele pedido com as sobrancelhas levantadas, em sinal de descrença e depois curvou a lateral da boca em deboche. Todo mundo sabia que alfas geralmente não gostavam de comer coisas muito doces, e aquele homem em específico odiava isso.

"Sim, somos sim. Melhores amigos de infância".

Benjamin, alheio à indignação do ômega com o alfa, respondeu amigável, o que fez o rapaz se controlar para não mandar um: "não seja agradável com esse cara".

"Sério? Não sabia que o pequeno Leo aqui tinha amigos, ele é sempre tão restrito comigo que pensei que fazia parte da sua personalidade natural".

O homem fazendo um drama, colocou a mão na testa como se tivesse passado por coisas terríveis por conta do garoto, o que fez o ômega rolar os olhos com sua paciência se esgotando.

"A gente nem se conhece direito".

Não querendo ficar de maus olhos com o outro Benjamin, Leo respondeu apressado, controlando seus lábios para que o nojo não aparecesse demais nas suas feições.

"Como não?! Viu? Ele é tão frio comigo, sempre que nos encontramos".

"Haha. Vejo que vocês já são ótimos amigos".

Benjamin tinha entendido completamente errado aquelas provocações que os homens trocavam entre si, pensando apenas que se tratava de amigos conversando casualmente.

Nunca!

"Eu queria que ele me tratasse assim, mas parece que sou tão indigno que nem o primeiro nome dele posso chamar".

Oh, pessoazinha chata!

"Você já me chama de Leo, mesmo sem eu deixar. Não sei por que deveria me incomodar em dar uma permissão direta para uma coisa que tu nunca seguiu".

With Love LeoOnde histórias criam vida. Descubra agora