Capítulo 27

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O ômega realmente não poderia se preocupar menos com a pessoa anterior, mas o incomodava ter o homem mais foda da história se curvando para ele, por isso, o menino levantou a postura do Max enquanto aliviava as suas preocupações.

"Não precisa disso tudo. Vamos apenas continuar o nosso passeio, não?".

"Vamos".

Os dois voltaram ao que estavam fazendo antes de serem interrompidos. Entrando finalmente na estufa que estava quentinha por dentro, se destoando do clima frio do lado de fora.

"É muito bonito aqui dentro".

Leo estava admirando as flores do local, passando suavemente suas mãos nos girassóis do canteiro. Ele já tinha tentado ser pai de planta em sua vida anterior, mas todas elas morriam com menos de um mês, ou o menino aguava demais a vegetação, ou deixava elas morrerem de sede. Depois de um tempo vendo que ele não tinha as habilidades necessárias para cuidar de suas flores, Leo as deixou de lado de vez e optou pelas de plásticos.

"Obrigada, esse é o jardim favorito da minha mãe, ela é quem cuida dessas plantas pessoalmente".

Quando ele falava de sua mãe, Max citando obviamente a Eliza que passava horas trancada naquele local. O alfa tinha pedido a ela a autorização para ir até a estufa com seu ômega, o que foi plenamente atendido pela mulher.

"Você e sua família parecem ter uma relação muito boa".

Leo comentou impressionado com aquele fato, ele realmente não esperava que uma família de vilões tivessem uma relação tão amigável e harmoniosa.

"Sim, minhas mães podem ser um pouco intrusivas às vezes, mas elas são as melhores pessoas que poderia pedir para me criar".

Quando era mais novo Max achava que era um peso ter mães que sempre estavam em seu pé, querendo saber onde ele andava e com quem falava, mas hoje em dia o homem percebia que elas faziam isso apenas por que se preocupava com ele.

"Eu vejo, elas são encantadoras".

O menino riu e lembrou de si próprio em relação com sua mãe da vida anterior. Apesar de muitas brigas que eles tinham, os dois se amavam mutuamente e se protegiam mais do que qualquer outra pessoa.

"E sua família?".

"Minha tia é um pouco afobada com as relações familiares, mas é uma boa pessoa. Gosto bastante de morar com ela".

Leo riu ao lembrar de como a mulher sempre parecia o esperar chegar, na frente da casa, com altas expectativas.

"E o seu pai?".

"Meu pai? Uhn, não tenho pai".

O ômega disse com uma voz irritada. O enjoava o fato de chamar o progenitor daquele corpo como pai, não quando a única coisa que ele fez foi contribuir para os traumas do garoto. Max, que percebeu a revolta no tom da fala do menino e não podendo segurar a sua curiosidade, perguntou:

"Mas e o Paulo Stevens?".

Leo parou quando ouviu aquele nome. Sua mente na superfície não se importava com aquilo, já que não foi ele quem viveu com essa família horrível, mas seu subconsciente sim.

"Eu não tenho nada em relação a essa pessoa, o mesmo sangue corre em nossas veias, mas nada mais".

Max ouviu aquelas palavras e ficou ainda mais curioso para saber sobre as relações parentescas do menino, mas resolveu não perguntar para não causar mais problemas ao ômega..

"Ouvi dizer que você gosta de lírios. É verdade?".

"Ahh, sim gosto".

Leo aceitou de bom grado aquela mudança de assunto.

With Love LeoOnde histórias criam vida. Descubra agora