Capítulo 8

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O lugar para o qual eles se dirigiram foi o Hospital Doutor Keydson, um estabelecimento renomado, exclusivo para pessoas com alto poder aquisitivo, ou com alguma relação com a alta sociedade. Desde o momento em que eles colocaram o pé naquele lugar, as pessoas que trabalhavam ali, reconheceram o Caleb e deram ao Leo o melhor tratamento possível.

Eles levaram o menino que estava gritando e chorando de dor para sala de primeiros socorros. O tratamento em si foi rápido e indolor, porém para o pequeno Ômega que se encontrava cansado da situação, os esforços da equipe não foram notados, já para o alfa que o acompanhava e observava tudo minuciosamente, os esforços do hospital não passaram em branco. Desse modo, a partir daquele momento o estabelecimento iria ser recompensado de muitas formas possíveis, enquanto o Caleb viver, tudo por causa da prestação de serviço que mostravam.

Foram tomadas várias etapas para o atendimento do Léo, começando com a avaliação do médico e os exames de Raio-X, que revelaram uma fratura fechada e transversal na perna direita, necessitando a imobilização dessa sua perna, a que apresentou a pior fratura. Enquanto a esquerda demonstrou uma leve torção, que não necessitava de grandes procedimentos.

Depois da aplicação do gesso, o menino foi levado a uma sala de descanso, enquanto o alfa preocupado estava ao seu lado. Se os dois olhassem um pouco mais a fora, seria possível ver o sol nascendo, já se passaram várias horas desde que eles chegaram naquele lugar, e o cansaço que os dois demonstravam confirmavam isso.

"Você está bem?".

Caleb não sabia o porquê estava tratando aquela pessoa daquele jeito, como se ele fosse alguém importante para ele. Talvez era por que essa foi a primeira vez que alguém expressou uma reação tão verdadeira aos seus olhos, mesmo que fosse a de dor? Ele não sabia responder.

Se o Léo tivesse lido os pensamentos dele, estaria arrepiado até a alma naquele momento.

"Estou sim".

Realmente o rapaz estava muito melhor do que quando chegou, a não ser o gesso que coçava e impossibilitava a movimentação, nada parecia fora do comum.

"Sobre o dinheiro do tratamento...".

O ômega tentou iniciar uma conversa, mas foi cortado rapidamente pelo alfa.

"Eu pago ele".

"Você realmente não precisa, eu posso pagar".

Leo discordou plenamente, com calafrios correndo por sua coluna, só de pensar em ter algum dos personagens principais interessado nele, ou sabendo sequer de sua existência. Vai saber as consequências no futuro se esse tipo de ocorrência se tornar comum?

Porém, naquele estágio temporal o roteiro original já estava perdido, desde o momento em que ele tinha se encontrado com Max na lojinha de conveniência, e os dois tinham criado uma ligação entre eles.

"Eu tenho dinheiro de sobra, não vai me fazer falta. Eu vou pagar as minhas coisas".

O alfa discordou da decisão tomada pelo menino. Ele já tinha usado o seu cartão para fazer o cadastro do rapaz no hospital, então a conta iria ser debitada automaticamente nas despesas dele, mas o alfa não iria revelar isso ao ômega.

"E o outro?".

Tentando trazer alguns raciocínio à sua cabeça, o menino citou o outro ômega.

"Outro?".

Caleb realmente estava confuso, ele não tinha ideia do que o menino estava falando.

"Seu companheiro, o que estava com a gente antes. O que ele vai dizer de você fazendo isso aqui?".

With Love LeoOnde histórias criam vida. Descubra agora