Capítulo 64 (+18)

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Durante dez minutos inteiros Leo conseguiu ficar imóvel na mesma posição, pode se dizer que esse foi o seu maior recorde, antes dele voltar a se mover inquieto. O menino queria se levantar e ir para outro quarto, porém não queria correr o risco de acordar o alfa, que em sua mente já estava dormindo.

Porra! O que eu vou fazer? Será que se eu me mover muito ele vai acordar?

Tentando testar sua suposição, o ômega apoiou a mão em um dos cantos mais estáveis da cama e começou a elevar o seu corpo. Percebendo aquele movimento, Max mexeu o seu corpo para impedir que o menino continuasse a suas tentativas de se afastar, o que funcionou perfeitamente no caso.

Droga!

Vendo que sua decisão não deu certo, o rapaz voltou a se encostar na cama cansado, frustrado e perdido.


.............................. Alguns minutos mais tarde ..............................


Não demorou nem uma hora para que os tão temerosos efeitos começassem aparecer, as mãos do ômega suavam sem parar e uma sensação de calor abafava a sua respiração. As pulseiras, as quais ele usava em uma quantidade considerável, não pareciam funcionar para nada, fazendo o garoto se questionar do porquê de estar insistindo ainda em colocar aquelas porcarias.

No momento em que a cabeça do rapaz começou a ficar zonza ele percebeu que já estava entrando em uma zona do ciclo de calor, e o seu desespero aumentou de forma exponencial. Leo estava ficando angustiado sobre o que fazer, apesar da prescrição médica o menino ainda usava o colar anti-marca como uma garantia de sua segurança.

Processo semelhante ocorria com o alfa, ele sentia que a cada segundo que se passava mais fracas as suas resoluções ficavam, o que não era nada bom. O que o ômega não sabia era que quanto mais ansioso ele ficava, mais feromônios seu corpo liberava, esses que entravam pelas narinas do homem e o dopavam lentamente, afundando sua consciência em desejos obscuros.

Max estava pensando seriamente em permitir que o garoto fosse embora do quarto, para que suas ações imaginárias não se tornassem reais, quando teve sua atenção roubada pelo Leo.

"Caralho".

Surtando de nervos, Leo empurrou com força o seu cobertor, com os pés, para o chão e esticou seus braços em uma posição de 'T'. O calor tinha atingido um nível insuportável, o que somado ao fato de que suas nádegas estavam começando a ficar escorregadias com seus fluidos, culminavam no mais alto grau de frustração e irritação.

"Você...".

No momento em que Max abriu a boca para falar alguma coisa, Leo se levantou agitado e arrancou sua camisa, ficando com o torso inteiramente nu. O garoto parecia não estar ligando se o alfa estava acordado ou não, tanto que depois de retirar a camisa ele voltou a se deitar.

A visão do peito macio subindo e descendo, ao mesmo tempo em que era banhado pela luz azulada da lua, era muito tentadora para o alfa. Ele se concentrou durante cinco minutos naqueles movimentos e como se estivesse hipnotizado esticou a mão para tocar no pico dos montes.

"O que você está fazendo?".

Apesar de estar distraído em suas questões pessoais, Leo ainda era capaz de perceber as movimentações do homem pela sua visão periférica. E o garoto, que apesar de querer que aquele toque chegasse a si e o explorasse sem dó ou piedade, por sua consciência resolveu pará-lo.

Ao ouvir aquele questionamento, Max recuou rapidamente as suas mãos exploradoras, que pareciam agora formigar em ansiedade. Suspirando fortemente, o homem concentrou toda a sua força de vontade para dizer seus próximos movimentos.

With Love LeoOnde histórias criam vida. Descubra agora