Capítulo 61

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Não estava nem em meus planos, da vida passada e nessa, me tornar pai quanto mais parir uma criança. Um ser irá nascer de dentro de mim, como? Não quero nem imaginar.

O rosto do menino parecia pálido e nada feliz com a notícia inesperada, ele parecia perdido e sem perspectiva do que fazer. Em contrapartida, Max estava caminhando nas nuvens com a tão esperada notícia, até aquele momento a única coisa que o homem queria ser era um bom marido, mas a ideia de ser pai também não parecia nada ruim.

"Mas existe pelo menos alguma outra forma menos agressiva de acalmar o cio? Qualquer coisa seria bem-vindo".

"Existe, e seria a marca".

Ao ouvir aquelas palavras, o ômega começou a ser remexer desconfortável. Ele ainda não se sentia seguro em estar ligado para sempre com Max, mesmo que a gravidez por si só fosse uma amarra sem volta.

Porra!

Gisela percebeu a movimentação do garoto e resolveu complementar as suas palavras, mesmo que a sua intenção original estivesse voltada para a marca real.

"Eu estou falando da marca provisória".

Temporária? Como assim?

Leo nunca tinha ouvido falar sobre aquele termo antes, nem mesmo no livro o autor o tinha mencionado.

"Marca provisória?".

Ouvindo a pergunta do menino, a mulher teve que se controlar para não levantar suas sobrancelhas em descrença, pois como assim um ômega nunca ouviu falar daquela palavra? Já que todos os não betas deveriam carregar esse conhecimento transmitido nas escolas primárias. Porém, Gisela resolveu relevar aquela informação, visto que nem todos possuem o mesmo acesso a informações, talvez pelas adversidades da vida, e ela não queria agir como uma babaca.

Max também sabia daquilo, porém decidiu não falar nada no momento, o homem pensava em quando ambos voltassem a casa eles pudessem conversar mais sobre o tema, como um ômega com o seu alfa.

"Sim, provisória. A marcação real só pode ocorrer se ambos alfa e ômega estiverem no cio, nesse momento. Se apenas uma das partes estiverem no cio, o ômega por exemplo, o alfa pôde o marcar provisoriamente para que o seu período se acalme".

"E essa marca temporária dura o quê? Dias, semanas?".

Leo conseguiu lembrar vagamente desse conceito sendo mencionado no livro, mas sem muitas ressalvas sobre ele, o que era uma pena.

Se tivessem me explicado antes, talvez eu pudesse ter uma opinião formada sobre tal.

"Como seu próprio nome diz, ela é algo passageiro que vai depender muito das condições de quem foi marcado. Mas o período de validade dela varia de dois dias a uma semana e meia no máximo, logo é preciso renová-la periodicamente.

"Ahh sim".

Gisela iria continuar a falar o procedimento quando se lembrou de um ponto importante. Ela não queria mencionar aquilo na frente do alfa, que estava emocionado com as boas novas, mas como médica a mulher decidiu fazer o seu papel.

"Mas tudo isso eu estou assumindo com base no que o senhor Leo gostaria e teria a criança. Se essa não for a sua vontade, como está no estágio inicial da gravidez, ainda dá tempo de interrompê-la. Na verdade, você tem até a nona semana para decidir se irá abortar ou não".

Ao ouvir aquela proposta, Max sentiu o seu coração falhando com a perspectiva terrorista. O homem não queria de jeito nenhum que isso ocorresse, porém, nenhum argumento sólido vinha a sua mente.

"Não! Eu vou ter a criança".

Leo compreendia que existiam muito tipo de situações para cada pessoa que as faziam tomar esses tipos de decisões, e não julgava nem um pouco elas. Afinal, cada um conhece o peso da sina que carrega, e quem era ele para condenar ações alheias? Porém o garoto não queria fazer aquele tipo de ação. Ele nunca conseguiria viver consigo mesmo se aceitasse prosseguir por aquele caminho, sua consciência na hora de dormir não o deixaria.

With Love LeoOnde histórias criam vida. Descubra agora