Depois de Max e Leo andarem pelo consultório como dois tontos, para fazerem os exames pedidos, eles finalmente retornaram para a sala da Gisela, bem no finalzinho da tarde ou no início da noite, com os resultados dos exames em mãos.
"Espere um pouquinho que irei analisá-los detalhadamente, para que assim eu possa passar para vocês um resultado mais realístico".
A mulher pegou a primeira leva de papéis e começou a lê-los, pela percepção do ômega parecia que Gisela fazia questão de fazer algum tipo de expressão sonora a cada página virada, o deixando bastante ansioso, sem que ele soubesse o porquê.
"Os exames confirmaram as suas compatibilidades, como já era de se esperar. Além disso, não encontramos nenhum problema adicional nas suas saúdes, mas irei terminar de olhar os documentos antes de confirmar isso".
Ela voltou a observar os papéis e estava tudo lindo, até sua cara mudar rapidamente para uma cor pálida. Ela tinha visto algo que era tão inacreditável a ponto de a deixar com uma expressão estarrecida, fazendo-a duvidar se aquilo era verdade.
No momento em que a mulher levantou e foi em direção a um armário, um pouco mais afastado, para procurar em meio a tantos outros documentos uma resposta para sua pergunta, Leo sentiu seu estômago torcer junto com uma vontade louca de ir ao banheiro.
O que ela está fazendo?! Caralhos de dor de barriga.
Demorou apenas alguns segundos para que Gisela retornasse ao seu lugar, mas para os dois homens aqueles movimentos pareciam durar horas ou até anos. Com uma cara séria, a mulher se sentou na cadeira e ajeitou de modo metódico os seus óculos e olhou novamente os documentos em mãos. Ela parecia pensar no que dizer a seguir, visto a dúvida que era visível em seus olhos.
"O que foi? O que está escrito aí?!".
Igualmente ao ômega, o alfa estava impaciente para ouvir os resultados, e as sobrancelhas franzidas da médica que mostravam claramente a complicação de qualquer coisa que estivesse escrito no papel, não ajudava em nada a aflição dos homens.
"Aconteceu alguma coisa doutora?".
O ômega perguntou agoniado, ele já tinha lido aquela cena várias vezes em livros e sabia que agora viria um desfecho dramático.
Será que eu tenho alguma doença terminal? Não quero ser parte de um roteiro de drama qualquer!
"Então?".
Max tentava disfarçar, mas sua perna, que tremia em nervosismo, mostrava o nível de sua ansiedade. Ele nunca pensou que estaria vivendo uma situação em um momento tão inesperado.
"Olha, os supressores compatibilizados são muito fáceis de fazer, e não possuem nenhum risco em sua ingestão, mas para isso existe apenas uma pequena exigência que deve ser satisfeita, a salvo da compatibilidade, entre o casal. Eu não posso e nem passo a receita deles para pessoas grávidas".
A mulher falou largando os óculos ao mesmo tempo em que encostava as costas na cadeira. Ela já conhecia Max a muito tempo e sabia que ele não gostava de respostas negativas, ao ponto de chegar a exigir milagres da mulher para conseguir o que queria. Sendo assim, a médica estava à espera de que o alfa a mandasse fazer mágica para que os comprimidos fossem feitos de qualquer forma.
"Como assim?!".
Completamente atônito com as palavras, Max a questionou lívido de sua consciência. Ele nunca pensou que ouviria essas palavras aqui e agora, sendo uma surpresa total. Já Leo parecia ter parado no tempo com seus olhos arregalados e boca escancarada, nada daquilo parecia real para o rapaz.
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With Love Leo
RandomLeonard Lewis, um empresário de 25 anos, tem sua vida envolto em sua confusão, onde tudo acabou ocorrendo por causa de afogamento na piscina da casa de um amigo, enquanto estava bêbado. Após sua morte precoce, ele foi reencarnado em uma novela BL (B...