With Love Leo

Capítulo 67

"Coloca o casaco direito".

"Eu já disse que não estou com frio, para com isso e me deixe em paz!".

Leo, que não aguentava mais ter que ficar com o alfa no pé do seu ouvido ordenado coisas, deu um tapa na mão intrusiva do homem antes de o afastá-lo.

Sinto que vou ficar louco antes do tempo se eu não o parar até lá.

Vendo que o ômega teimoso não iria trocar de postura, Max decidiu agir e amarrou a blusa envolta do corpo do garoto na marra.

"E eu já disse que estou preocupado com você, então vista isso logo! Você já espirrou umas 8 vezes, não demora e daqui a pouco estará gripado".

Todos que estavam sentados na sala de estar ficaram atentos quando viram os dois homens descendo juntos. Seus cabelos molhados e postura relaxada revelavam que ambos tinham uma intimidade já construída para o que quer que tinham feito anteriormente.

"Então é esse o menino?".

Um dos velhos levantou rapidamente quando entendeu o que aquela cena significava, e não demorou muito para que os outros também repetissem a sua postura.

"Esse é o Leo Borgia?".

"É ele?".

Antes que Cecília e Adeline fossem capazes de barrar a multidão, os velhos já cercavam os dois homens, os circulando como um bando de urubus.

Merda! Eu falei que Leo não podia passar por estresse, e eles vêm e fazem uma cena dessas!

"Quem são vocês?".

O garoto, que já estava frustrado, questionou irritado quando viu aquele bando de pessoas estranhas se aproximando e invadindo o seu espaço pessoal.

"Que menino mal educado, nunca te ensinaram a respeitar os mais velhos?".

Os homens ao redor, ao receberem a grosseria do garoto, tentaram dar uma lição de moral no mesmo.

"Eu só respeito alguém quando vejo que ela é merecedora disso, coisa que eu não percebi em nenhum de vocês. Sua idade não te dá o direito de agir assim comigo, caro senhor".

Leo, que não parecia nem um pouco afetado por aquelas palavras, revidou com o mesmo tom ríspido. Porém, antes que eles pudessem continuar o debate sem sentido, Max entrou no meio para impedir que isso ocorresse.

"O que vocês estão fazendo aqui? Ainda mais a essa hora da manhã!".

"Nós viemos te visitar".

"Depois que soubemos da mais nova notícia, viemos correndo para confirmar se o ômega era realmente digno".

"Ômega não, eu tenho um nome e exijo ser chamado por ele!".

Já estando estressado por tudo o que tinha acontecido, o rapaz não perdeu a chance de descontar todos os seus sentimentos em uma parte que fazia questão de agir de má fé contra ele.

"Isso mesmo! Eu não entendo vocês, além de virem a minha casa sem serem convidados ainda possuem a ousadia de xingar um dos meus".

Max apoiava e defendia o seu ômega todas as vezes em que isso era necessário, fazendo questão de mostrar seu repúdio pela outra parte.

"Você não está entendendo, nós...".

"Não, vocês são quem não estão entendendo um fato muito importante. Nós não precisamos e nunca precisaremos de vocês, sempre será ao contrário, então recomendo que os senhores baixem essas suas posturas e se retirem nesse exato momento da minha casa, antes que eu o faça!".