Capítulo 117

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"Chama ela então, para podermos bater um papo legal".

Leo propôs com um sorriso debochado na boca enquanto cruzava os braços com irritação, porém seu rosto estava muito bonito naquela noite para transparecer o seu verdadeiro escárnio.

"Priscilla! Venha para cá minha filha".

A mulher gritou no meio do salão, não demonstrando qualquer esforço de fingir para os outros que pelo menos tinha bons modos. Já a filha que havia ouvido o chamado de sua mãe ficou instantaneamente envergonhada, ainda mais depois de ver a postura revoltada do ômega e a desconfortável do alfa que a esperavam.

Priscilla foi lentamente ao encontro dos três mostrando uma postura de quem não queria fazer isso, complementada com o fato de que só o estava fazendo por obrigação. E quando chegou na frente deles, ela os cumprimentou um a um.

"A senhora me chamou, mãe?".

"Sim, estávamos contando antigas histórias do tempo que você e Max eram crianças".

No momento em que a mulher terminou de falar aquilo, Priscilla rapidamente entendeu que a mesma estava se referindo a uma história boba de infância que sua mãe insistia em narrar aos outros. Como se houvesse algo para se gabar em apenas uma promessa idiota feita por duas crianças tolas.

"Ahh, mãe. Não vale lembrar disso, foi uma coisa tão distante que já é inválida".

Ainda mais sabendo que Maximiliano é um homem comprometido e que você estava falando esse tipo de coisa na frente do parceiro dele.

"Como não? Vocês são tão lindos separados, imagina juntos? O sangue não mente para essas coisas".

A cada palavra dita por aquela maldita boca mais irritado Leo se sentia, além disso ele pressentia que iria explodir a qualquer momento.

E aí de quem ficar em meu caminho.

"O sangue não mente? O que você quer dizer com isso?".

"Ohh... senhor Leo, não me interprete mal, é só que a nossa família dá muito valor ao sangue que corre em nossas veias. Sabe?".

A mulher pediu desculpas e riu, mas ainda assim ela parecia estar sendo nada sincera em seu pedido e sim mais debochada.

"Mãe...".

Priscilla tentou controlar a sua progenitora ao segurar suas mãos em uma advertência. Ela sabia que Max não era de levar desaforo para casa, ainda mais se eles tinham ousado em tocar em uma das pessoas mais importantes em sua vida. E outra, apesar de saber que não tinha chances com o alfa, a mulher ainda guardava sentimentos românticos e inocentes para com a outra parte, logo ela não queria arruinar sua imagem já danificada para o homem.

"Que foi Priscilla? Não estou dizendo nada de mal, além disso, caso eu tenha falado algo ruim o senhor Leo é tão generoso que com certeza é capaz de me perdoar".

"Sim senhorita Priscilla, não há porque eu da importância a uma coisa tão sem insignificância".

Antes que a mulher pudesse falar mais alguma coisa com zombaria, o garoto se pronunciou primeiro. A voz que saiu de sua boca pingava o ácido frio da sua raiva, ele queria dizer mais alguma coisa cortante, mas pelo bem da Priscilla que parecia que iria desmaiar a qualquer minuto o rapaz decidiu recuar pacificamente.

"Bem, irei me retirar, mas desejo uma boa conversa para vocês".

Isso se vocês forem capazes de fazer, mas acho que seja uma coisa impossível.

"Leo...".

"Pode continuar aqui com elas Max, fazendo companhia e conversando sobre coisas relacionadas ao seu sangue. Ou seja lá o que for".

With Love LeoOnde histórias criam vida. Descubra agora