Capítulo 13

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No momento em que a consciência pós-sono voltou ao Leo, ele sentiu uma forte dor em seu ombro esquerdo, o que o fez despertar totalmente. Assim que recuperou a parcialidade total de suas vistas, o ômega viu uma massa sedosa de cabelos em sua cara, e o responsável por aqueles fios era quem estava com os dentes enfiados em seu ombro.

Esse brutamonte!

Tentando afastar a dor, Léo empurrou a cabeça do homem que talvez por estar em um sono profundo, saiu facilmente e caiu para o outro lado da cama de casal. Agora liberto, o menino tentou encostar a coluna na cabeceira da cama.

Apesar da dor inicial, ele se sentia melhor do que nunca, superando até mesmo a sua condição corporal antes de ter apresentado os sintomas de um ômega. O cheiro do alfa que antes causava o cio repentino nele, agora era cômodo e prazeroso de se sentir, causando sonolência no mesmo.

Ele espreguiçou e bocejou comodamente, enquanto fechava os olhos, pronto para tirar mais uma soneca. O corpo quente colado ao seu, colaborava para essa ideia.

Essa sensação de conforto que ele estava tendo já tinha sido explicada pelo médico do menino, era o que eles chamavam de complemento. O complemento era nada mais, nada menos, do que quando um alfa com o qual o ômega tinha uma alta taxa de compatibilidade, gozava bastante dentro do útero do ômega, causando a estabilidade hormonal. Mas isso não era uma coisa definitiva, sendo assim, seus efeitos só duravam algumas horas ou dias, antes de passar.

A única coisa definitiva na vida de um ômega era a marca.

Curioso sobre a pessoa com a qual ele tinha tido uma louca noite de amor, Leo o examinou. Seu corpo estava coberto apenas pela metade do lençol, mas o ômega sabia que se fechasse os olhos, ele seria capaz de lembrar de todo o corpo do alfa nú.

Era a primeira vez que Leo via um corpo masculino, pelo menos próximo a ele, tão bonito. Os ombros largos, peitoral musculoso, além de uma barriga tonificada que culminava com ralos pêlos pubianos escuros, as costas e quadris também eram definidas, com a proporção certa de músculos. Tudo parecia forte e duro como pedra, porém quando o menino passou seus dedos pela pele, diferentemente do que se esperava, ela era sedosa ao toque.

Um corpo digno para ser o representante de alguma estátua dos deuses gregos, com certeza.

Só esses pensamentos já eram o suficiente para encher de água a boca do ômega, e os flashes da noite passada vinham à sua mente. Ele engolindo todo o membro do alfa com sua bunda antes de gozar feito um animal, enquanto olhava em seus lindos olhos escarlate.

Que noite!

Tentando refrear sua mente pecaminosa, Leo voltou a deitar no colchão fechando os olhos, ao mesmo tempo em que respirava aquele agradável aroma.

Espera! Olhos escarlate?!

Abismado, o ômega encarou novamente o rosto do alfa, ainda não acreditando no que passava em sua cabeça. Leo estava questionando toda a sua existência e sua inteligência. A única pessoa em todo o livro que tinha como características principais os olhos vermelhos era o Maximiliano Bianchi, o vilão principal da novela.

Não tem como ser ele! Nãoo!

Ainda incrédulo em suas constatações, Leo levantou da cama em busca de qualquer documento que identificasse o homem à sua frente. Mas assim que o menino colocou o pé no chão, uma dor incômoda veio ao seu útero, fazendo ele cair sentado.

"Uhn, droga!".

O que ele não tinha sentido ontem a noite, estava vindo agora, a dor da primeira vez. Respirando profundamente e tentando aliviar o incômodo, o ômega se apoiou na cama e levantou mais uma vez, indo após isso em direção a calça do alfa, que estava jogada no canto do quarto. As cenas de como aquela calça pararam ali vieram em sua mente, deixando ele corado e quente novamente.

With Love LeoOnde histórias criam vida. Descubra agora