O melhor de mim

Resistência

Rory

   No dia seguinte, acordei cedo, bem cedo, agora estava sendo uma questão de orgulho!Provaria pro Negan que não precisava abrir as pernas pra ele pra ter uma vida descente, eu trabalharia, faria a droga dos pontos e tudo estaria bem!

  Andava pelos corredores meio perdida, tudo era cinzentamente igual!
Até que avisto Dwight vindo em minha direção.

— Oi!Dwight!Bom dia!
  Digo quando ele passa por mim, ele parecia exausto e odiando a sua vida.Como todos aqui.

— Isso é café?
  Pergunto vendo o que tinha dentro da sua xícara.

  Eu sou obcecada por café, antes de tudo isso eu tomava umas 10 xícaras por dia.

— É.
  Ele resmunga.

— Como eu consigo?!

— Tendo pontos.

— E eu tenho pontos?

— Não.

— Maravilha, então vamos lá, me de um trabalho pra eu ter pontos e ter um café.

— Pátio.Limpar os restos de zumbis.
  Ele me entrega um papel.

— Tá...Tudo bem...Mãos a obra!

//

  Era umas 10 da manhã e o sol estava de rachar, eu sentia a minha nuca fritar.Não preciso nem me olhar no espelho pra ver que devo estar mais vermelha que um pimentão...Eu sou muito pálida, qualquer sol mais forte essa porcaria de pele sensível já ficava vermelha, e eu estava a 5 horas aqui então...

  O trabalho era péssimo, pegar restos de zumbis pelo pátio não era minha atividade favorita mas...

— Toma um pouco, se não vai desmaiar.
  Dwight joga uma garrafa de água pra mim.

— Obrigada, Dwight.
  Abro a garrafa e tudo em um minuto.

— Ainda bem que você sabe o significado de "um pouco"

— Foi mal...Eu estava morrendo de sede, uma outra hora eu arranjo um jeito de te compensar.

— Seja menos preocupada!
  Ele diz saindo batendo o pé de mal humor.

//

  Meio dia, finalmente meio dia, eu podia almoçar!Eu tinha o total de 1 ponto!Que eu já gastaria pois estava com muita fome.

  Enquanto ia em direção a escadas de entrada ao santuário vi uma menininha, deveria ter uns 6 pra 7 anos, sentada na escada, tinha um olhar doce, e um sorrisinho gentil.
Ela usava o que parecia um aparelho de audição no ouvido...

— Oi pequena.
  Digo, talvez ela só tivesse dificuldade pra escutar.

— Oi!
  Ela se anima, como se não tivesse falado com outra pessoa fazia 10 anos.

— Qual seu nome?

— Anna e o seu?
Ela misturava a fala com sinais na mão.