O melhor de mim

A tona

Rory

Anna estava tão assustada, tão apavorada, que nem pude imaginar o que estava acontecendo...

— Que tal tomarmos um banho, comermos algo, e depois falamos melhor?
  Passo a mão no cabelo dela, e Negan me olhava triste e assustado.

— Pode ser?
  Pergunto e Anna acena com a cabeça.

— Vai lá que eu vou pegar uma roupa e uma toalha pra você...
  boto Anna no chão que foi correndo pro banheiro fechando a aporta.

— O que houve?
  Negan a pergunta.

— Eu não tenho nem ideia...Talvez você tenha segurado ela muito forte, ela pode ter se assustado...Não sei?

— Não, eu não segurei com força...

— Talvez até seja algo efeito do remédio, você viu quanto ela tomou, vou dar um banho nela, faz algo pra comermos?

— Claro...

— Faça algo que ela gosta talvez assim ela coma melhor, e se abra...

— Tudo bem...
  Dou um beijo nele e vou até o banheiro com a Anna.

  Anna estava sem roupa dentro do chuveiro.E foi nesse momento que parei pra reparar se tinha alguma marca de violência, mas não...Não tinha nada.

— Olha só quem aprendeu a colocar as roupas sujas no cesto...E não deixar jogada no banheiro.
   Digo e Anna sorri.

— Que saudade que tava desse sorriso.
  Digo.

  Reparei um pouco melhor no corpinho de Anna, e na barriga, parecia ter como se fosse um arranhão vermelho, bem suave.

  Anna tinha boa parte da barriga queimada, por conta do acidente no santuário.Então era difícil identificar o que era queimadura, e o que era arranhão.

  Mas eu conheço minha filha, conheço o corpinho dela, dou banho nela todos os dias, então sei perfeitamente que aquela vermelhidão não estava ali antes.

— Filha...Quer contar pra mim o que houve?
Seguro a mãozinha dela, mas anna acena com a cabeça, negativamente.

— Tem ceretza?você tá em casa agora, segura, nada vai te fazer mal aqui, pode me contar...
Digo mas ela nega com a cabeça.

— Tudo bem...No seu tempo, saiba que se você quiser contar qualquer coisa pra mim, eu vou sempre estar aqui pra ouvir você tá bom?Assim que você quiser, e achar que deve, vou escutar você, e sempre, sempre filha, vou acreditar em você, tá bom?

— Te amo, mamãe...
Anna me abraça e eu dou um beijo na sua cabeça.

— Eu te amo muito meu amor...
Tiro o aparelho da Anna com cuidado e ela entra no banho.

//
Dias depois...

Estava sendo tudo muito difícil, Anna não tinha nos contando pra onde foi, quem a levou, toda vez que tocávamos no assunto ela se fechava, mudava de assunto, ou saía de perto.

Então resolvemos por agora, deixar assim, uma hora ela vai querer falar.
Porém tudo anda muito errado.Anna não quer mais ir pra escola, nem pro ballet, ontem ela foi comigo até o mercado, e meu braço ficou doendo de tanta força que ela botou pra me segurar.