Capítulo 4: Assombrado

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Amir saiu da casa ao perceber que aquela conversa não tinha nada a ver com ele, o meio-gigante admirava a bela noite estrelada, na distância, as luzes da pequena aldeia a qual acabara de passar, ainda se mantinha curioso sobre o que poderia ter causado tanta destruição naquele lugar, pensou em ir perguntar para alguém, mas algo o impediu.

Sua visão passou a escurecer, o ambiente se tornou frio, e Amir sentiu a sensação de ser vigiado por vários olhos, ao olhar para seus arredores, a floresta, antes silenciosa e pacífica, agora parecia ser o covil de algo, uma coisa que o perseguia, há muito tempo - Amir, a hora está chegando - Ecoou uma voz, ela vinha da escuridão da floresta que cercava a casa - Não, vai embora, agora não - Amir disse, tão baixo que sua boca mal se mexeu ao pronunciar as palavras - Você sabe que não pode fugir, nós não permitiremos, você fez um acordo, lembra? - A voz disse, Amir sentiu um poderoso frio subindo sua espinha a cada palavra - A hora está chegando, em breve, o primeiro será libertado - continuou a voz, que sussurrava no ouvido de Amir.

Subitamente, sua visão começou a voltar ao normal, aquele frio intenso se dissipou, ela tinha ido embora, por enquanto. Amir, então, foi em direção ao vilarejo em frente a casa, adentrou uma construção a qual uma placa acima da porta dizia "Estalagem Três Anjos". Dentro do estabelecimento, haviam algumas mesas, um balcão e uma mulher de cabelo ondulado negro, pele clara e olhos azuis estava atrás dele - Boa noite senhor, precisa de um quarto? - disse a senhorita, Amir acenou com a cabeça - Bom, o quarto custa 2 peças de prata senhor - disse a moça, estendendo a mão com a palma aberta, Amir pegou uma pequena bolsa amarrada em sua cintura, retirou duas pequenas moedas prateadas e entregou na mão da senhorita. Em seguida, subiu as escadas, caminhou até uma porta em um corredor pouco iluminado e a abriu, assim entrando em um quarto simples, há uma cama com uma colcha azul, um baú logo a frente e uma escrivaninha do lado direito da porta, Amir se dirigiu até a cama, se deitou, fechou os olhos, e teve mais uma noite sem sono.

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