Dragomir despertou em seu quarto, desta vez, mais arrumado do que no dia anterior, assim que se levantou, começou a sentir o cheiro de algo sendo assado. Quando se levantou e olhou para si, percebeu que ainda estava com as roupas usadas no dia anterior. Dirigiu-se para seu guarda-roupa e retirou roupas simples de dentro dele, uma camisa branca de tecido macio e uma calça azul.
Após se vestir, caminhou até a porta do quarto, ao abri-la, se surpreendeu.
— Bom dia! O Hakon já tá preparando o café da manhã lá embaixo — disse Björn, do outro lado da porta — Bom dia Björn, dormiu bem? — disse Dragomir, sorrindo para seu irmão — Extremamente bem, aquela cama é super confortável! — respondeu Björn — Fico feliz que tenha dormido bem, vamos para a cozinha? — questionou Dragomir — Claro, tô morrendo de fome — afirmou Björn.
A dupla então, caminhou até a cozinha, passando pela sala de estar, onde Amir encontrava-se sentado em uma das poltronas acolchoadas ao redor da lareira, que crepitava com pequenas labaredas. O cheiro de algo assando se tornou mais forte, era cheiro de pão assado — Tá de brincadeira, pão assado? — disse Dragomir, animado — Bom dia irmão! E sim, são pães assados, como estamos todos reunidos depois de tanto tempo, achei que gostariam de relembrar a ótima culinária de nossa mãe — respondeu Hakon, com um sorriso em seu rosto.
Dragomir se aproximou rapidamente da mesa da cozinha, onde se encontravam uma dúzia de pães acima de um prato branco. Algumas panos se encontravam à frente de cada uma das cadeiras postas à mesa.
— Como eu senti falta desse cheiro! — Declarou Dragomir, se sentando e agarrando um dos pães, logo em seguida dando uma mordida — Vá com calma, não quero ninguém se engasgando por aqui — disse Hakon — Björn, chame o Amir por favor, ele deve comer conosco — continuou.
— AMIIIIIIIIR! — gritou Björn — VEM CÁ, TEM PÃO ASSADO PRA GENTE! — continuou, ainda gritando. Dragomir comia com pressa o pão em sua mão, como se atacado por uma poderosa fome de um animal selvagem, e em questão de segundos, as únicas pistas que indicavam a existência daquele pão eram as microscópicas migalhas em cima da mesa — Desculpe-me — disse Dragomir, envergonhado.
Após alguns segundos, Amir chegou no cômodo, e sem dizer nada, sentou-se em uma das cadeiras e pegou um dos pães, começando a comê-lo também. Em seguida, Björn e Hakon também se sentaram e pegaram um dos pães para comer, Dragomir permanecia corado e comia lentamente.
Após algum tempo comendo em silêncio, todos terminaram o café da manhã e limparam a mesa, que estava repleta de migalhas de pão — Eu vou me arrumar para irmos até a casa do Dalibor, sintam-se à vontade em minha casa — disse Dragomir, logo antes de se dirigir novamente para o seu quarto. Amir, Björn e Hakon permaneceram na sala de estar, Hakon lia um livro que tinha pego de uma estante no canto da sala, Björn estava sentado em uma das poltronas, olhando para o teto, extremamente entediado, Amor também encontrava-se sentado em uma das poltronas, apenas aguardando em silêncio.
Após alguns instantes, Dragomir finalmente saíra de seu quarto, trajado em um manto negro com símbolos prateados de ervas, mudas, galhos e árvores.
— Estou pronto, podemos partir — disse Dragomir, caminhando em direção à porta. Todos passaram pela porta, dando de cara com as construções de Nova Zaradi iluminadas pelo sol da manhã, juntos, caminharam pelas ruas, em direção ao portão de entrada da cidade.
— Ei! Dragomir! — o grupo parou ao escutar alguém gritando, todos se viraram para olhar na direção do grito. E se depararam com um jovem humano, em uma armadura prateada com detalhes dourados, o rapaz tinha uma pele negra e cabelos crespos.
— Ei, aonde é que você vai? — questionou Anduríel, correndo na direção do grupo. Todos esperaram o rapaz os alcançar e recuperar o fôlego — Assim cara, eu consegui uma folga para você e tudo mais, mas foi somente por um dia! — disse Anduríel, ainda ofegante da corrida — Droga, é verdade — disse Dragomir, se virando para Hakon, Björn e Amir — Desculpem, eu vou ter que resolver isso, eu vejo vocês mais tarde — continuou, dando meia volta e caminhando na direção em que Anduríel havia corrido para alcançá-los.
— Bom dia! Com sua licença — disse Anduríel, seguindo o meio-dragão logo em seguida.
— Espero que ele não demore muito, vamos, Dalibor deve estar nos esperando — disse Hakon, continuando a caminhada para fora da cidade. Os outros dois, sem questionar, o seguiram.
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Os Antigos
FantasyApós um ano da morte de sua mãe, os irmãos Clawhell descobrem que seu pai e seu tio estão desaparecidos. Em seguida dessa descoberta preocupante, eles se deparam com um mistério que parece envolver toda a origem da vida dos primeiros seres de Taridu...