Aurora Rinna
2000
Sicília - Itália.Vicenzo está distante esses dias, mas deve ser a dor e também um homem como ele estar tão vulnerável, deve ser isso. Hoje ele terá alta médica, o médico passou cedo pra tirar os pontos e a cicatriz a barba que ele usa vai esconder bem.
Graças a Deus ele não teve sequelas. Já estou aqui fazendo nossas malas e ele me olhando, sei que nessa semana que passamos aqui ele não me tocou, e eu já estou ficando doida.
O médico entra com a alta.
- Bom, está liberado Vicenzo. Vai ter que continuar com as fisioterapias, mas tenho certeza que sua esposa não vai dar moleza pra você. Vocês tem alguma dúvida?
Ele olha pra Vicenzo e depois pra mim.
- Doutor, ele está liberado pra fazer atividades físicas, fora a fisioterapia da mandíbula?
- Evite pegar peso por até 45 dias da cirurgia, pois os ossos ainda estão se recuperando, a fisioterapia pesada, só vai vir depois que os ossos se curarem e aceitarem bem a platina.
- Não é isso não doutor.
- Seja mais específica.
Eu fico envergonhada, não sei se vou conseguir perguntar se podemos fazer sexo.
- Vamos Aurora, o doutor já respondeu tudo, se tem mais alguma dúvida, fale logo, não aguento mais esse hospital.
- É que eu e ele, a gente pode, droga, não vou conseguir perguntar.
O doutor dá uma gargalhada e responde.
- Sexo? Claro que podem, mas como falei, nada de pegar peso. Nada de posições que o faça suspender seu peso.
Eu estou toda quente, Vicenzo me olha, com olhar mortal. Ele não gostou deu falar sobre sexo com o médico, mas eu tinha que saber, já que acho que ele está com medo de faz e piorar sua situação.
Nos despedimos do médico e fomos para o carro que nos esperavam.
Quando chegamos em nossa casa, ele parecia estar entrando pela primeira vez.
- O que foi, não lembra da nossa casa?
- O médico falou que você pode ficar confuso, esquecer pequenas coisa.
- Seus Pais, minha Mãe e Pandora, estarão aqui para o café amanhã. Acharam melhor você se acomodar e descansar hoje.
- Tudo bem.
Ele suspira fundo, como se estivesse cansado.
- Bom vamos para nosso quarto.
Seguro sua mão e vou o guiando até nosso quarto. Ele vai pro banheiro e tranca a porta.
Vou para o closet me trocar, coloco um short soltinho e uma regata sem sutiã, Deus, esses dias, até pra dormir tinha que usar, pois o entra e sai de médicos e enfermeiros no quarto era grande, até de madrugada.
Ele sai do banheiro com os cabelos molhados. Há dias que ele toma banho sozinho e tranca a porta pra eu não entrar. Me olha de cima a baixo.
- Vai ficar assim?
- Estamos em casa, qual o problema?
- Meu Pai pode aparecer a qualquer momento.
- Te garanto que não vão aparecer, e se aparecesse, ele não tem olhos pra outra mulher a não ser sua mãe.
- Você pode trocar de roupa, por favor.
- Como isso me irrita, mas como você não pode ficar nervoso, que tudo aperta esse maxilar, eu vou trocar.
Tiro a blusa e o short, ficando nua, pois nem de calcinha eu estava.
- Que merda Aurora.
- O que foi agora, não posso ficar nua no nosso quarto também não?
Ele se aproxima rápido e me preciosa no espelho.
Eu gemo com sua aproximação, ele cola nossas testas.
- Está tão difícil resistir você.
- Não resista.
Ele me beija com vontade e eu o empurro um pouco.
- Cama, o seu maxilar, não pode ser tão bruto.
- Eu sou bruto.
- Não comigo.
- Merda, não dá.
- O que foi Enzo, fala comigo. O que está acontecendo que você não me conta?
Gente, não quero nem ver como ela vai ficar quando ele disser que não se lembra dela, da Pandora, do amor deles.
Preparem os lencinhos, e por favor, passem pano pro meu gostoso favorito.
Bjs, até daqui a pouquinho, pois vamos maratonar hoje.
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Capo di Tutti Capi
Short StoryEssa história é sobre amor e máfia. Uma combinação explosiva, que conta a verdadeira face da máfia no mundo, não trazendo conto de fadas e sim um romance forte e possessivo de um dos homens mais poderosos do mundo, que se rende ao encanto dela desde...