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Aurora Marini
2000
Sicília - Itália

Desço da limosine e entro no salão. De longe já avisto Vicenzo, ele está com sua vagabunda, ela gargalha de algo que ele disse em seu ouvido, ela com a mão direita espalmada sobre o peito dele ele segurando seu braço com força.

Ele me vê e se assusta, todos estavam olhando para os dois, parecia que a festa de noivado era deles.

Ele a solta e vem na minha direção, com passos rápidos e firmes. Tenta me enrolar, mas essa noite ele vai ter uma surpresa, não vou deixar barato suas afrontas com suas amantes. Ele que não ouse defender nenhuma delas.

Ele começa a me apresentar a todos, inclusive as mulheres que ele já saiu, só aparecerem 1 vez ao seu lado em revistas de fofoca, com exceção de Ágata Bianchi.

Ela vem em nossa direção, fala coisas pra me tirar do meu eixo, mas repondo a altura. Ela não passou de diversão para ele. Mas sei que por mim ele nutri sentimentos.

Vou o levando para pista de dança, onde ecoa uma música agradável que vem das arpas que estão no palco.

Dançamos e esse arrogante acha que eu estou com ciúmes, eu duvido muito que ele agiria como eu, já teria matado todos.

Minha sogra sobe ao palco e faz um discurso imponente.

Me apresentar eu subo e faço minha promessa como é de tradição.

Quando Vicenzo me pede pra ser sua, juro que eu penso em dizer não, mas não posso ser egoísta e pensar só em mim.

xxxxx

A festa já tinha praticamente acabado, só estava eu sentada no bar de bebidas escutando os os bartender contando como os convidados flertavam com eles. Eram dos casais um pouco mais velhos que eu.

As duas mulheres me contando como estava se esquivando dos velhos babões e os homens como as coroas estavam insistindo pra que eles a encontrassem depois do evento .

Eu gargalhava. Há muitos tempo, não tenho contato com pessoas da minha idade. Foi bom até Fred, um dos homens tocar minha mão pra mostrar o que uma descarada fez com ele. Só tive tempo de me levantar.

Vicenzo o puxou pelos colarinhos por cima do balcão e o jogou no chão. Vicenzo deu o primeiro soco nele, que permanecia imóvel com as mãos levantadas.

Eu tentei segurar Vicenzo e ele me empurrou com força, eu fui com tudo no chão e gritei de dor.

Ele faz menção a vir me ajudar.

- Não escoste em mim.

As mulheres vem me ajudar a me levantar, enquanto o amigo de Fred está lhe ajudando, ele respira com dificuldade.

Vou me encaminhando rápido pra fora, quando chego perto da limosine que vim, o segurança já abre a porta  e os demais se movimentam pra sairmos dali.

Vicenzo entra e acena pro motorista que já dá a partida e levanta a divisória nos dando privacidade.

Eu fico olhando pra fora.

- Ele estava te tocando.

Eu não respondo.

- Eu fico cego quando se trata de você. Nunca se meta, quando eu estiver nervoso. Foi sem intenção te machucar, eu não sabia que era você.

- Engraçado, ele estava me mostrando o que as sonsas mulheres casadas da Família estavam flertando com eles.

- Já pensou se eu estivesse batido em toda as mulheres que deu encima de você essa noite?

Capo di Tutti CapiOnde histórias criam vida. Descubra agora