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Vicenzo Rinna
2000
Sicília - Itália.

Estamos jantando, ela conta empolgada como foram esses mês de sua ausência.

- Foi maravilhoso a liberdade, eu podia sair pra comprar o pão, escolher o que eu ia vestir ou com quem falar.

- Eu sempre escolhi o que vestir.

Minha mãe não gostou, pelo seu tom.

- Como assim Aurora?

- Minhas roupas eram escolhidas por Vicenzo.

- Cada vez que eu escuto um coisa dessas, eu me pergunto onde foi que erramos com você.

- Seu Pai nunca falou das minhas roupas.

- Mãe, não era bem assim. Eu enviava as melhores coleções do mundo pra ela.

- Era mais fácil mandar o catálogo pra ela escolher

- Duvido que ele me deixasse usar qualquer roupa.

- Sabe que não era assim.

- Não?

Ela riu debochando.

- Fui tira da minha escola, um segurança grudado em mim 24hs por dia, não podia sair pra nada. Presa em uma gaiola dourada. Enquanto jovens da minha idade se divertiam em shopping, praia, cinema ou ao menos tomar um sorvete na esquina, eu se quer saia da propriedade, a não ser pra ir ao médico.

- Meu filho, Antonella, por que você não me ligou.

- Eu ia ligar Helena, mas estava esperando ele se acalmar. Mas daí aconteceu tudo muito rápido, o acidente, o nascimento de Pandora. Fiquei com medo de descobrirem que ela tinha traído ele. Era o que nós imaginávamos. Ela e Alessandro iam morrer, ela por traír e ele por não tomar conta dela. Pois não sabíamos se foi antes ou depois dele começar a trabalhar lá em casa.

- Já chega, eu perdi minha vida, agora é lutar, pra minha filha não ter que passar por isso.

- Minha neta terá todas as escolhas. Não é meu filho.

- Claro mãe, prometi isso a Aurora.

- Bom, a conversa está ótima, mas não sou mais tão jovem, os últimos acontecimentos me cansaram. Vamos Helena?

Meu Pai como sempre tentando acalmar os ânimos.

Eles se retiram.

- Mãe?

- Fala filha.

- Posso ficar aqui?

Minha sogra me olha e eu aceno pra ela.

- Mas é claro minha filha.

- Vou pegar algumas coisas em casa e volto.

Saímos em silêncio pra nossa casa.

Chegamos no nosso quarto, ela pega a sua mala e começa a colocar algumas roupas.

- Vai ficar lá quanto tempo?

- Nem sei se um dia vou voltar.

- Eu não me lembrava de você, na minha cabeça você ia fazer 10 anos.

- Mas não te impediu de transar comigo naquela cama. Nem se quer se lembrou que eu  tinha apenas 9 anos.

- Eu errei de todas as formas possíveis com você, mas eu ti amo.

- O amor, as vezes não é o suficiente. Eu não estou dando um ponto final na nossa situação, eu só preciso de um tempo.

- Seis meses não foram suficientes?

- Eu queria ver se fosse ao contrário.

Eu me calo, pois eu o teria matado quem quer que fosse que a tivesse beijando.

Eu me calo, pois eu o teria matado quem quer que fosse que a tivesse beijando

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Desculpem meninas, está aí o capítulo de ontem

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Desculpem meninas, está aí o capítulo de ontem.

Beijos e até sexta-feira.

Não esquece minha estrelinha 🤩

Capo di Tutti CapiOnde histórias criam vida. Descubra agora