The Macchiato's Lady

Chapter Forty Three

The Macchiato's Lady

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POV MIRANDA

— Está se sentindo melhor?

Questiono a minha irmã e me sento ao lado dela no sofá. Faz quase uma hora que Gabrielle saiu daqui e que minha irmã continua bebendo para afogar as dores.

— Eu não sei o que estou sentindo, Miranda.

Eileen afirma e bebe diretamente da garrafa de um Macallan 12 anos. Minha irmã está arrasada. E não está nem perto de começar assimilar tudo que está acontecendo com ela. Nem posso culpa-la. Eu mesma ainda não consigo. A situação é absurda demais para ser assimilada em questões de horas. Enviei uma mensagem para Catherine e implorei que ela consiga encontrar a Gabrielle antes que aquela miserável vá até a policia ou aos tabloides e consiga arruinar a dignidade da minha irmã contando alguma versão deturpada. Embora acredite que ela prese demais pela sua imagem para se expor assim. Há muito em jogo. Tanto que possivelmente ela vai preferir lucrar financeiramente antes de sair como a pessoa suja em toda a história. Gabrielle é uma canalha, mas não é burra. Ela sabe que eu tenho todas as provas contra ela.

— Quer dar um jeito de jogar ovos cozidos no carro dela?

Pergunto e minha irmã me olha. De repente começamos a rir.

— Aquela noite é inesquecível não é, minha irmã?

Ela me pergunta e deita a cabeça no meu colo. Me recosto no sofá e ela se aconchega melhor no meu colo.

— Inesquecível, Eileen Priestly.

FLASHBACK ON

— Me diz de novo porque estamos aqui!

Eileen me perguntou quando estacionamos o carro do papai pela madrugada na rua da ex-namorada dela.

— Eu te disse, Eily! Nós vamos nos vingar daquela metida. Ela não deveria ter terminado com você. Não por uma carta dois dias antes do baile e ainda tentar te humilhar mostrando a carta para as amiguinhas dela.

— Nisso eu concordo, Miranda.

— E ela merecia morrer.

Afirmei entre os dentes.

— Eu concordo com isso também.

— Mas eu tenho um futuro brilhante e eu não quero manchá-lo perdendo o meu réu primário tão cedo. Estou me reservando para a faculdade. Se possível, até o mestrado.

Minha irmã e eu tínhamos 17 anos. Eileen havia acabado de ser rejeitada pela garota mais popular da escola antes do baile. Há dois dias ela estava chorando em casa. E pra mim era a hora do basta.

— E vamos jogar ovos do carro dela!

Afirmei orgulhosa quando abrimos um pote com duas dúzias de ovos cozidos com pimenta.

— Oh, que merda! Isso realmente fede.

Minha irmã exclamou com a mão no rosto. Nos posicionamos atrás do carro do papai para não sermos vistas. Era muito tarde da noite, mas não iriamos arriscar sermos pegas.

— Onde você aprendeu essa receita maldosa, Miranda? Isso fede muito.

— Então a receita está perfeita. E me ofende você perguntar "onde eu aprendi". Eu crio. Não copio, Eily.

— Por que não jogamos eles crus? E por que cozinhamos e descascamos?

— Irmã querida. Veja e aprenda.