The Macchiato's Lady

Chapter Forty Six

The Macchiato's Lady

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POV CASSIDY

Todos esses dias têm sido incríveis. A Miranda é incrível. Ela continua nos dando atenção e acho que nossa vida nunca esteve tão bem. Às vezes eu fico sentada na escada olhando ela sentada tomando o chá dela. Tão tranquila e tão equilibrada. O dia que fomos ao cinema foi tão incrível. Parecíamos mesmo uma família. Eu sei que ela não é realmente uma parente. Nem sei se ela nos considera enteadas. Mas é tão maneiro conviver com ela. No colégio ainda temos alguns momentos chatos com os nossos colegas, principalmente depois que descobriram que somos quase família dela. Mas isso não importa. E ela nos perguntou se podíamos posar pra revista. Sério? Isso é tão demais. A Caroline parecia que ia surtar. Nós duas seguimos para o quarto.

O medo começa a tomar conta de mim. A chuva lá fora está muito forte. E tudo piora quando os raios começam a aparecer. Me lembro no internato. Lembro exatamente quando eu saí sonambula na chuva e quando acordei, estava sentada perto de uma árvore. Quase fui atingida por um raio naquela noite. Nunca senti tanto medo em toda a minha vida.

Mais um raio clareia o quarto e eu sinto o corpo todo tremendo. Caroline está no quarto dela, mas meus instintos me fazem correr para o quarto no fim do corredor. Abro a porta e vejo a Miranda dormindo sossegada. Respiro fundo e dou meia volta para sair do quarto. Mas um trovão assustador estou lá fora me fazendo tremer. Corro para a cama assustada. Miranda desperta e me olha surpresa com a minha chegada.

— Cassidy? O que...

— Miranda, por favor, me deixa dormir aqui com você.

Ela arregala os olhos surpresa com o meu pedido. Claro que está. Eu tenho 14 anos e tô apavorada com a chuva e os trovões. Que ridículo!

— Desculpa. Eu...

Outro trovão muito forte estoura lá fora e mais uma vez eu me tremo.

— Ah, meu deus!

Exclamo assustada e coloco as mãos no ouvido com pavor.

— Querida, o que...

— Eu te imploro. Deixa eu ficar aqui com você.

Começo a chorar.

— Meu bem, fique calma.

Sinto o abraço acolhedor de Miranda.

— Me desculpa, Miranda!

— Por que está se desculpando, querida?

— Eu não queria...Eu...Eu não queria.

Eu tento explicar o que está apenas na minha cabeça.

— Está tudo bem. Vem aqui, Bobssey.

Bobssey?

Ela me abraça com força e se deita me levando junto com ela. Nos cobre e me matem no abraço.

— Não precisa se preocupar. Você está protegida, está bem?

Ela garante e eu acredito nela. Apenas concordo e respiro fundo, tentando equilibrar minhas sensações.

— Prometo que está tudo bem.

Miranda é a melhor. Eu preciso que ela continue me abraçando. Só isso.

— Tente se acalmar um pouco. Eu estou aqui com você.

Apenas me deixo ser protegida por ela. Miranda faz carinho na minha cabeça e eu só posso dizer que não lembrava mais o que era carinho assim. Suspiro aliviada por ter ela aqui comigo agora. Me segurando perto e me protegendo. Ela me chamou de Bobssey.