The Macchiato's Lady

Chapter Eighty One

The Macchiato's Lady

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POV CAROLINE

Quando a Miranda decidiu que nos levaria para Paris, parecia um sonho. O melhor sonho. Viajar pela primeira vez com ela. E pra conhecer o lugar que minha irmã e eu sempre sonhamos conhecer. Foram dias de conflito. Durante o dia passeávamos e vivíamos o sonho. Mas eu percebia quando ela chorava no banheiro. E agora eu entendo.

Ela estava com medo.

Minha irmã e eu ouvimos quando ela confessou pra tia Gru que podia estar doente. Foi um dos momentos mais horríveis da minha vida. Depois de tanto tempo vivendo sozinhas naquele maldito colégio interno, finalmente tínhamos encontrado alguém pra cuidar da gente e nos amar. E o pavor de não ter mais ela...Era um pesadelo muito assustador.

Foi só isso. Um pesadelo assustador. Quando a Andrea ligou pra dizer que ela estava bem, minha irmã e eu ficamos pulando dentro do quarto de hotel junto com a Ella e a Milk. Que sensação incrível eu senti.

Naquele momento eu soube: A minha mãe vai ficar bem.

Não conseguimos esperar ela voltar pra casa. Corremos para o hospital para vê-la. Eu entrei primeiro e ela estava adormecida. A tia Gru disse que ela ainda estava anestesiada. Não importava mais nada. O que importava era saber que ela ficaria bem.

Me aproximo devagar da cama e fico olhando pra ela por um tempo. Ela é tão bonita. Eu não consigo acreditar que ela é realmente a nossa mãe. A mamãe Ashe era a nossa mãe. Mas a Miranda...Ela é sim a nossa mãe. Eu estou tão feliz que ela vai ficar bem.

Me aproximo um pouco mais e dou um beijo nela.

— Fica boa logo. Precisamos de você, mãe.

Mãe. É gostoso dizer isso. A Cassidy entra e se aproxima da cama. Saio e deixo a minha irmã um pouco com a nossa mãe.

— Eu só não consigo entender pra quê essa audiência, Catherine.

Gru fala ao telefone. Parece irritada. Andrea está verificando o próprio celular.

— Aquela vadia não merece...

Ela se vira e me vê. Para de falar imediatamente.

— Depois eu te ligo.

Ela encerra a ligação e me encara.

— Pois não? — Ela pergunta.

— A vadia é a sua ex-mulher? — Eu pergunto.

— Não é da sua conta, pestinha.

Eu rio.

— Sua mãe já acordou? — Ela pergunta.

— Não. Ainda está dormindo.

Respondo e me sento na cadeira no corredor ao lado da Andrea. Logo vejo Ella se aproximando com uma garrafinha de suco nas mãos. Ela vive comendo. Se senta ao meu lado, na cadeira que fica de frente ao quarto da Miranda.

— Por que você não vai lanchar?

Eily pergunta pra mim. Antes de respondê-la, vejo minha irmã sair do quarto animada. Ela me olha e ri. Entendo que é algo que a empolgou. Saímos as duas juntas pelo corredor. Somos gêmeas e eu a conheço bem demais. Ao nos distanciarmos um pouco olhamos de um lado para o outro.

— Eu fiz uma coisa. — Ela diz rindo.

— O que você fez, Cassy?

— Eu chamei a Miranda de mãe.