Chapter Nineteen

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The Macchiato's Lady.

☕️

POV MIRANDA


Me senti completamente desnorteada quando ela me chamou para ficarmos "altas"! Vi a ficha dela e notei o quanto aquilo tudo quase a destruiu! Não me sinto nem um pouco culpada por ter investigado a vida de Andrea. Se eu tivesse tido todo esse cuidado no casamento com Albert, eu não teria sido atacada como fui! Após a agressão e a perseguição, fui obrigada a contratar uma equipe maior de segurança. Eu precisei sair de Nova Iorque. Não foi por medo dele, embora eu tivesse um botão de pânico debaixo da minha mesa. Ou por ficar tensa a cada vez que meu telefone residencial tocava. Não foi por isso que eu saí de lá. Decidi sair da cidade onde me consagrei como editora-chefe , pois não suportava mais viver no cenário onde fui agredida. A cada vez que eu chegava na minha sala, eu revivia a cena lamentável da minha agressão. Não sou apegada às coisas. À bens materiais ou qualquer coisa. Quando minha irmã chegou ao hospital naquela noite, e me disse que Milão era uma grande opção, eu hesitei imediatamente. Meu primeiro pensamento foi: Nova Iorque é o meu lar! Mas não era. Viver sozinha numa casa cercada por luxo não é a mesma coisa de ter um lar. Estava longe de ser. Albert foi a minha última tentativa na fracassada instituição que é o casamento. Olhei para Andrea surpresa quando ela me pediu que eu confiasse nela! Alguém que eu conheci há algumas semanas.

Confiei.

E quando chegamos ao local onde ela disse que iríamos ficar "altas", me surpreendo quando vejo balões espalhados pelos céus de Milão. Eu sempre quis fazer um passeio de balão. Parece que ela conseguiu ler um dos meus mais antigos desejos. Era algo que eu sempre planejava, mas sempre deixava passar. Ela me ajudou a entrar no balão e subimos até uma altura bem elevada.

Oh, meu deus. O nascer do sol é extraordinariamente perfeito daqui de cima. Respiro fundo e fecho os olhos por alguns segundos apenas e sinto a brisa suave e límpida passando pelo meu rosto. É magnifico. Precisava demasiadamente de um momento de paz como esse. Toda a loucura que está acontecendo em minha vida não está me dando a chance de respirar em plenitude. Jamais quis filhos e agora estou prestes a receber em minha casa duas adolescentes para mim desconhecidas. O material que tenho para "conhecê-las" é deveras inadequado. São dois seres humanos. Odeio o conceito de pensar, que porque são gêmeas, elas são um só ser. Saio dos meus devaneios quando Andrea me oferece uma alternativa para que eu me "distraia". Eu sei o que ela quer dizer e não faço questão de impedi-la. Pelo contrário. Eu a provoco.

E ela me beija.

Segura o meu corpo no seu com firmeza, mas sem forçar demais o contato. E eu aprecio isso. Quero viver algo suave. Não tenho a intenção de namorar ou ter um compromisso sério com ninguém. Principalmente agora que há tanta complexidade ao meu redor. Mas quero ter uma espécie de "parceria" com Andrea. O beijo dela é doce e calmo. Língua quente e macia. Ela se comporta no limite dos toques. Sem sugestões a qualquer avanço mais intenso. Apenas sinto a mão dela deslizar devagar na minha cintura com o típico contato light de reconhecimento nos primeiros beijos entre duas pessoas. Aquele momento onde você começa a testar os seus limites e os do seu amante e saber exatamente até onde por ir em determinado momento. É o reconhecimento entre a pele e os toque um pouco mais sutis. E conhecer os pontos mais erógenos do corpo de uma mulher é uma arte. Pela forma que Andrea está segurando o meu corpo e me tocando suavemente em certos ponto com um pouco mais de pressão, me leva a acreditar que ela domina essa arte.  Sorrio em meio ao nosso beijo e quebro o nosso contato labial. Ao abrir os olhos a vejo sorrindo. O olhar dela está mais claro do que eu já vi. O amendoado está mais límpido e chamativo.

The Macchiato's LadyOnde histórias criam vida. Descubra agora