Chapter Twenty Four

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The Macchiato's Lady.

☕️

POV MIRANDA

Entramos em casa e elas olham ao redor com certa curiosidade. Não sei como agir. Francamente não sei nem mesmo conversar com elas. Olho para Catherine que compreende que precisa intervir mais uma vez.

— Bom, vamos nos sentar pra conversar um pouquinho?

Ela diz e eu concordo. Seguimos para a sala e elas se sentam na minha poltrona favorita e confortável. A mesma que eu sempre paro para relaxar e ler um pouco pois é muito espaçosa e fica perto da janela o suficiente para que eu possa refletir ou ver o dia nevando. Pelo comportamento das duas, elas são unidas.

— Miranda?

Eileen chama a minha atenção e percebo que estava parada de pé perto delas. Dou alguns passos e me sento ao lado da minha irmã no sofá, enquanto a minha advogada continua de pé.

— Então, vamos conversar um pouco. Caroline e Cassidy, em primeiro lugar queremos que vocês saibam que estamos aqui por vocês. Sei que é uma situação complicada. Mas nós queremos que fiquem confortáveis.

Catherine fala com elas como se não soubesse qual é qual.

— E ela não fala nada?

Uma das gêmeas se pronuncia olhando diretamente para mim.

— Não tem nada a dizer, madrasta?

Ela pergunta num tom de deboche dando ênfase na palavra madrasta . O exato tom que o pai usava comigo quando começou a me perseguir. Como ela se parece com ele.

— Vamos nos acalmar?

Minha advogada tenta mais uma vez intermediar.

— Eu estou calma. — A jovem diz ainda me olhando. — Só quero saber a opinião dela sobre tudo isso. Quer dizer, finalmente receber as filhas de Albert Rousseau deve ser um incômodo.

Estranho a sua atitude. Tento ter em mente que ela e a irmã estão em processo de luto. Que já não tinham a mãe e acabaram de perder o pai. Eileen e eu já passamos por esse momento e sabemos o quanto nos quebrou. Essas duas meninas que estão aqui diante de mim são duas crianças que ficaram órfãs e que estavam trancadas há anos num colégio interno.

Paciência, Miranda. Paciência.

— O que exatamente você quer que eu diga? — Eu a questiono no tom mais conciso que consigo. Um tom que jamais usei com outra pessoa.

— Diga o que realmente está sentindo, madrasta.

Ela usa o termo madrasta como um insulto amargo. Quase como um palavreado.

— Fala o que sente por nos ter aqui debaixo do seu teto?

Ela insiste em me indagar e percebo que há algo nas entrelinhas.

— Qual é o seu nome?

Questiono , mas ela me encara em silêncio. Eu a analiso por alguns instantes. Olhares raivosos e roupas ofensivas rasgadas. Vestidas praticamente iguais. As expressões muito parecidas. Mas eu estudei tudo que foi passado para mim. Meu olhar clinico depois de tantos anos, capaz de identificar um erro do tamanho de um grão de areia nos mínimos detalhes me trazem uma só certeza: Eu sei qual delas está me enfrentando nesse momento.

 Meu olhar clinico depois de tantos anos, capaz de identificar um erro do tamanho de um grão de areia nos mínimos detalhes me trazem uma só certeza: Eu sei qual delas está me enfrentando nesse momento

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