The Macchiato's Lady

Chapter One Hundred and Eight

The Macchiato's Lady

☕️

POV MIRANDA

— Para com isso, senhorita Andrea!

Dou um tapa na mão da minha noiva. Outra vez!

Mesmo com duas luvas nas mãos, ela esfrega as mãos no pescoço. Depois do jantar ficamos na sala tentando assistir algum filme bobo de comédia sobre cachorros falantes, mas a única atenta ao filme é a Milk. A cada dez segundos Andrea tenta se livrar das luvas.

— Tá coçando, Miranda.

— E vai passar de coceira pra dor, pois se você continuar coçando eu vou bater em você, Andrea.

— Não foi assim que eu imaginei quando idealizei você batendo em mim.

Eu rio com sua palhaça descarada.

— Mesmo? E o que idealizou?

Pergunto ao me levantar e ir até o balcão da cozinha pegar o remédio dela.

— Não sei..

Vou voltando para a sala e ela me olha.

—Talvez algo envolvendo chicotes e algemas.

Eu paro os meus passos e a encaro. Não posso deixar a minha mente me arrastar para o delírio que seria amarrar a minha noiva.

— Você...Você tem uma excelente imaginação, minha querida. Me lembre de fazer uso dessa fantasia quando você não estiver parecendo uma pintura Pollock.

Ela abre a boca para falar algo, mas a vontade de se coçar a impede.

— Não-pode-coçar.

Dou outro tapa na sua mão.

— Ai, Miranda.

— Eu deveria ter seguido os meus instintos e ter amarrado realmente suas mãos nas costas.

Ela sorri me olhando dos pés à cabeça.

— Andrea, pare de ser pervertida por um momento. Agora tome isso.

Coloco o comprimido na boca dela e aproximo dos seus lábios o canudo da garrafinha de água. Ela bebe a água e joga a cabeça para trás para auxiliar a decida do comprimido. A vejo bocejar pela décima vez.

— Vamos pra cama, meu bem!— Eu a chamo.

— E como eu vou tocar em você com essas mãos desse jeito?

Ela mostra as mãos empacotadas.

— Quem disse que você vai me tocar, senhorita Andrea?

Pergunto semicerrando os olhos para ela. Mais uma vez minha noiva faz o biquinho.

— Não faça essa cara! Agora vamos.

A ajudo a se levantar e a guio para o quarto. Andrea se deita e eu a ajudo a se cobrir.

— Não me deixa sozinha, meu amor! — Ela diz bocejando.

— Claro que não deixo. Fique sossegada!

Me deito e entro debaixo da coberta. Me recosto melhor no travesseiro e ela dá as costas para mim para que eu a abrace. Passo o braço ao redor do corpo dela lhe dando proteção e a certeza de que estou aqui com ela.

— Obrigada por estar aqui, Miranda.— Andrea diz bocejando mais uma vez.

— Não precisa agradecer. Agora descanse.