The Macchiato's Lady

Chapter One Hundred and Eighteen

PENÚLTIMO CAPÍTULO

THE MACCHIATO'S LADY

POV MIRANDA

— Eu vou matar ela com as minhas próprias mãos.

Exclamo irada no tom mais baixo que consigo para não acordar Elouise. Saí do quarto da Eileen quando os médicos retornaram para realizar mais alguns exames.

— Miranda, tenta se acalmar.

— Me acalmar? Você está se ouvindo? Aquela desgraçada quase tirou a vida da minha irmã, Andrea. Eu não vou me acalmar. Se eu a encontrasse nesse exato minuto eu seria capaz de arrancar a cabeça dela fora. A Eily quase morreu...Foi ela. Foi aquela vagabunda. E ela vai pagar. Então não me peça calma.

— E você percebeu que não tenho culpa e que está raivosa com quem não tem nada a ver, Miranda?

A voz da minha noiva sai em tom acusatório e percebo que estou descontando nela uma raiva que não é para ela.

— Meu deus, me perdoa...Por favor, me perdoa. Eu não queria descontar em você. Me perdoa.

Exclamo apressada, me aproximo dela e a abraço.

— Você tem sido sensacional, Andrea. Me perdoa. É que eu...Eu...

— Eu sei. Quer matar a vadia?  Eu também quero. Mas vamos tentar nos acalmar. Com os nervos dessa maneira não vamos a lugar nenhum.

Respiro fundo algumas vezes e olho para o berço onde Elouise está dormindo sossegada. Me aproximo e aliso a perna da minha sobrinha.

— Ela precisa pagar por isso, Andrea. E eu vou garantir que isso aconteça.

O celular de Andrea toca e ela mostra a foto de Cassidy no aparelho. A vejo sair para atender a minha filha, ao mesmo tempo que sinto um incomodo na nuca.

POV ANDREA

FLASH BACK ON

Fazia uma semana que o acidente havia acontecido. Todas as energias e todos os esforços estavam voltados para a minha cunhada. Com muita benção a filha da Ella estava seguindo firme a cada dia e a minha amiga tentava se recuperar de um dos maiores sustos de sua vida. Eu havia passado a noite toda acordada no hospital e o dia lutando com as burocracias jurídicas com a Catherine. Não está realmente sendo fácil. Na verdade tudo está muito desgastante. A cada dia vejo Miranda mais frágil com a situação.

Cheguei em casa quase dez da noite sentindo o corpo mais que exausto. A casa parecia silenciosa. Kyra tem sido espetacular conosco também. Quando Ella está no hospital e eu estou com a Miranda ou com a Eileen, ela tem sido um suporte incrível para as gêmeas.

Vi minha cadela mais linda do mundo vindo me receber.

— Oi, minha bolinha de sorvete de flocos. Está se comportando bem?

A peguei no colo e lhe dei muito beijos. Seu rabinho agitado me dizia o quanto ela sentia falta dos nossos momentos.

Ao dar alguns passos para a sala vi Kyra de pé perto de Cassidy. Kyra me olhou de forma solidária e eu percebi o que está acontecendo. Suspirei cansada e preocupada. Soltei Milk no chão e fiz um sinal para Kyra me deixar sozinha com a minha garota. Cassidy tem tido crises constantes de sonambulismo e a vigilância precisa ser constante. Ela chamou pela tia em todas as crises de uma forma dolorosa e castigante para todos nós. Miranda não tem conhecimento dessa constância de crises. Não era viável ela ter mais essa preocupação.