Chapter Twenty Five

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The Macchiato's Lady

☕️

POV MIRANDA





— Tudo pronto, Kyra?

Questiono a minha assistente do lar. Kyra veio comigo de Nova Iorque. Na verdade quase veio uma comitiva. Nigel, Emily, Roy e ela. Kyra tem 40 anos e trabalha para mim desde os 30. Sempre foi muito respeitosa e competente. Esteve presente e fiel por todo esse tempo. Jamais me desrespeitou ou me causou dores de cabeça. Eu fui clara quando a informei que estava me mudando de vez para cá. Que eu conseguiria um emprego para ela imediatamente em Nova Iorque, mas ela também foi clara que estava disponível para me acompanhar para onde quer que eu estivesse. Percebi que ela não tinha família ou vínculos com ninguém por lá. Então aceitei que ela se mudasse comigo. Comprei a casa dela aqui em Milão. Foi uma oferta que ela relutou em aceitar. Mas eu fui incisiva quanto à isso. Minha mudança foi brusca, e se ela estava disposta a me acompanhar, eu faria questão de deixá-la confortável. Sempre fui severa com meus funcionários. Sempre exigi um esforço máximo em suas atividades, às vezes até mesmo incompreensível, mas jamais poderão me acusar de não saber reconhecer seus serviços prestados. Eileen se comprometeu com Roy. Não sei qual acordo ela fez com ele, mas me sinto feliz por ela ter resolvido isso com a equipe.

— Tudo pronto, Miranda.

— Chame Caroline e Cassidy para jantar. Obviamente elas não sabem os meus horários, mesmo que seja um consenso lógico.

Afirmo e Kyra acena em concordância. Sai em direção a sala para ir ao quarto das duas. Me sento na mesa e aguardo a chegada das duas.

Kyra volta.

— Elas pediram que eu leve a comida delas. Estão num só quarto. No terceiro.

Kyra me informa e me observa aguardando uma resposta.

— Não. Você não vai levar nada para elas, Kyra. E isso jamais acontecerá, entendeu?

Kyra confirma  e volta para a cozinha. Me levanto e saio pelo corredor. Sigo pelas escadas e paro em frente a porta delas. Dou duas batidas e abro a porta. As duas estão sentadas na cama com livros nas mãos. E quando percebem que sou eu, me olham raivosas e eu prefiro ignorar por hora.

— Nessa casa não fazemos refeições nos quartos. Se quiserem comer, terão que ir se apresentar à  mesa nos horários determinados.

Afirmo e sequer espero elas responderem. Volto para a sala de estar e aguardo cinco minutos. Elas não aparecem. Sinto o meu corpo um pouco trêmulo.Percebo que minha glicemia está prestes a cair então começo a me alimentar sozinha. O que não é nenhuma novidade. Só me intriga o fato do que está acontecendo na minha casa. Sem sombra de dúvidas essas duas me darão dor de cabeça.

Termino o meu jantar e sigo para o meu escritório. Desde sexta-feira eu não pego o livro. Me sento em minha poltrona e abro a minha gaveta. Pego o meu amado livro e me preparo emocionalmente para me concentrar. Com toda essa loucura que vem acontecendo, me afastei dos meus compromissos nesse final de semana. Coloco ele em cima da mesa e me recosto na minha poltrona. Antes que eu realmente comece a trabalhar nele, me lembro da doce morena de lábios ardentes. Me pego pensando o que ela está fazendo. Me levanto e fecho a porta. Pego o meu celular no bolso e resolvo ligar para ela. Mas apenas chama e cai na caixa postal. Me recuso deixar uma mensagem. Abandono o celular na mesa e vou até o meu armário de bebidas. E quando pego a garrafa, lembro-me das gêmeas e desisto de beber. Me sento em minha cadeira e vejo o celular vibrar na mesa. Desbloqueio a tela e vejo uma mensagem dela.

The Macchiato's LadyOnde histórias criam vida. Descubra agora