The Macchiato's Lady

Chapter Fifty Eight

The Macchiato's Lady

☕️

POV MIRANDA

Quando acordei no sofá de Andrea, eu senti como se eu estivesse passando por um sonho do qual eu não conseguia acordar. É uma sensação estranha de ainda estar dormindo. Eu sempre soube que não queria ser mãe. Eu não sonhava com isso. Pelo contrário, eu me afastava dessa ideia sempre que isso surgia em alguma conversa. Mas sempre fui uma mulher precavida. Conservar meus óvulos era uma opção muito irrelevante. Mas ao discutir com Ashe o desespero dela ser mãe, eu me prontifiquei em doar para ela os óvulos. Eu sabia que não os usaria, mas ela realizaria o seu sonho.

— Isso tudo é uma coincidência gigante, Miranda.

Andrea me diz. Penso por alguns instantes e chego a uma conclusão: Albert sabia.

— Não foi coincidência, Andrea.

— Como assim?

— Andrea, Albert sabia que tipo de flores eu gosto, sabia o tipo de chocolate e o tipo de música que eu ouvia. Me levou nos restaurantes que eu mais adorava. Sabia como agir e dizia as palavras certas.

Afirmo e Andrea me olha atenta.

— Ele sabia exatamente como chamar a minha atenção. Eu passei muito tempo criticando o Massimo. Achando que ele estava repassando informações para ele. Mas...Mas nem ele ou a minha irmã passaria tantas informações daquela maneira para ele. Foi a Ashe. Ela sabia tudo sobre mim. Albert sabia dessa situação quando se aproximou de mim.

Afirmo e Andrea nem sabe falar algo. Me levanto e volto para dentro de casa.

— Ei...

— Eu preciso descobrir tudo!

Afirmo e começo a revirar as pastas.

— Miranda, espera!

— Eu preciso rever tudo e...

Sinto Andrea segurando os meus braços e me virando para ela.

— Andrea, eu...

— Olha pra mim!

— Eu, não...

— Olha pra mim, Miranda!

Eu a olho nos olhos e a vejo sorrindo.

— Miranda, me escuta!

Ela me pede ainda sorrindo.

— O que é, Andrea?

— Miranda, aquelas duas garotas incríveis podem ter um traço de DNA seu.

— Eu sei. Por isso...

— Miranda, aquelas duas garotas incríveis podem ter um traço de DNA seu.

Ela repete e eu reflito sobre as suas palavras.

— Entende isso? As duas terroristas...As Bobsseys que você já ama tanto podem ter uma ligação genética vinda de você.

Respiro devagar e penso das gêmeas com calma. Penso nas suas características, seus jeitinhos de se comportar, o talento irrevogável de Caroline para a moda e o talento furtivo para arrumar confusão. Eileen vem sofrendo na mão das duas. São pequenas travessuras que me deixam impressionada.

— Elas podem...Talvez elas...

Gaguejo finalmente sorrindo.

— É isso aí, Miranda. Talvez elas possam!