The Macchiato's Lady

Chapter Sixty Five

21 k

The Macchiato's Lady

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POV EILEEN PRIESTLY

Desde o primeiro momento em que eu estive com a Gabrielle, eu senti uma conexão maravilhosa entre nós. Mas com o passar do tempo, descobri que a conexão só tinha um lado. Eu deveria estar mais atenta àquela noite em que nos conhecemos. Deveria ter notado que seus olhares eram direcionados o tempo todo para a nossa mesa, não eram realmente para mim. Era para a minha irmã maravilhosa. Desde sempre eu soube que Miranda atrairia olhares por onde quer que ela passasse. Sempre foi e sempre será assim. E como não direcionar os olhares para ela? Minha irmã é uma das mulheres mais lindas que eu já vi. Sempre terei orgulho de ser irmã de uma mulher completa e fantástica...Mas àquela noite eu queria ter sido enxergada primeiro por Gabrielle.

Quando Miranda passou a frequentar a nossa casa, após o meu casamento, o comportamento de Gabrielle mudou drasticamente. Acho que minha esposa...ex esposa percebeu que atrair Miranda para ela, se tornaria uma tarefa árdua e impossível. Mas eu insisti. Eu conseguia enxergar a Gabrielle apaixonada pela Miranda, mas eu insisti. Insisti porque na mesma intensidade que ela amou, ou ama, a Miranda, eu amei a minha ex-esposa.

De qualquer forma, aquele amor me torturava. Me destruía. Eu tentei até onde eu pude, na verdade até onde eu não pude. Inventar uma gravidez foi o auge da canalhice dela e do meu limite. Em paralelo a minha vida, a vida da minha irmã está no mais alto contraste.

Miranda Priestly agora é mãe. Quando foi que eu imaginei que ela seria mãe? E que mãe! Minha irmã se transformou completamente por duas ruivas marrentas, perigosas e perfeitas. As duas mafiosas que têm desafiado a minha sanidade. Enquanto dirijo a caminho do flat maravilhoso que tem sido o meu ninho delicioso de momentos deliciosos, eu me lembro quando Roy me contou sobre a prole de Albert Rousseau, semanas antes do Albert morrer.

Eu jamais serei capaz de admitir para Miranda que eu sabia que aquelas meninas existiam antes mesmo dela.

Minha irmã sofreu um inferno nas mãos daquele monstro. Jamais senti tanto ódio da minha vida quanto no dia em que cheguei no hospital e a vi machucada. O rosto todo machucado. Assustada como um bichinho acuado...Eu prometi que Albert pagaria tudo que ele fez com a minha irmã. Nem mesmo acredito que apenas contratar alguém para segui-lo, seria o bastante para destruí-lo. Jamais terei satisfação maior do que saber que eu fui a pessoa quem ligou para o "corno" de Paris, informando que o grande Albert Rousseau estava comendo a mulher dele. Imaginei que o corno daria uma surra, mas saber que o corno atirou no desgraçado sem piedade, foi e sempre será um dos grandes prazeres da minha vida. Hoje acredito que as informações que Roy passou para mim eram incompletas. Ou do contrario eu saberia que minha ex-esposa estava abrindo as pernas para o meu falecido cunhado.

Minha irmã não pode saber disso. Jamais poderá saber que fui uma das facilitadoras do fim da vida do Albert. Miranda é uma mulher completamente correta em seus princípios. Eu sei que ela sofreria por saber que participei de certa forma daquilo. Ela também não pode saber que eu tinha conhecimento das meninas.

Eu sabia que ele tinha filhos. Eu sabia que existiam duas garotas na equação.

Mas não era justo com a Miranda! Não era justo ela ter que lidar, ou criar, as filhas do seu abusador. Não ERA. Esse sempre será um ponto pelo qual eu sempre me arrependerei. Cassidy e Caroline são a concretização de um sonho. Me arrependo por me calar sobre as duas filhas que eu não tinha noção dos detalhes, mas sabia que existiam. Me arrependo, pois as duas são os nossos maiores amores de hoje. Desde o primeiro momento que eu as vi, me apaixonei por elas tal qual a minha irmã. São duas garotas maravilhosas demais. Elas realmente transformaram as nossas vidas. E embora eu não demonstre tanto quanto a Miranda demonstra, não sei mais viver sem as sobrinhas que eu tanto amo. Mesmo que elas tirem a minha sanidade por tantas vezes.