The Macchiato's Lady

Chapter Eighty Two

The Macchiato's Lady

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POV MIRANDA

Ainda não acredito que a minha namorada assumiu o papel de uma espiã nada discreta. E quase foi presa por engano durante o processo. Por mais que o resultado da situação tenha levado a prisão da maldita que quase a destruiu, tudo pelo que Andrea passou poderia ter tido um resultado bem diferente. Depois de toda a burocracia da delegacia e de assinar o meu próprio depoimento sobre a noite em que eu cheguei e Andrea estava desesperada por receber o maldito pacote de cocaína, decidi levar a minha namorada pra casa. Para a minha casa na verdade.

— Miranda, você disse que me levaria pra casa.

— Sim. Não disse que levaria para a sua casa.

Estaciono o meu carro no jardim.

— Eu agradeço e aprecio a sua boa intenção, mas a Milk está no berçário e...

— Eileen já buscou a Milk.

Espero que minha irmã tenha pegado a cachorra correta dessa vez ou eu vou mata-la e enterrá-la num terreno baldio.

— Mas não é só sobre a Milk...Tem as gêmeas também!

— Andrea, você precisa parar com esse medo da opinião das gêmeas.

Afirmo e Andrea continua quieta no carro.

— Tudo bem. Se quer realmente ir pra sua casa, eu vou respeitar você. Quer ir? Eu pego a Milk e eu te levo pra casa. Quer?

Eu peço com sinceridade e ela me olha.

— Tem certeza de que elas não vão se incomodar, Miranda?

— Eu já disse que não vão. Vamos entrar? Eu estou realmente com fome! Não imaginei que a promessa de um jantar delicioso se transformaria na possibilidade da minha namorada sendo presa.

Afirmo tentando desanuviar a situação e Andrea acaba gargalhando.

— Vamos? Prometo que ficará tudo bem.

— Vamos sim.

Descemos do carro e seguimos de mãos dadas para dentro de casa. Quando chegamos a porta da frente, vejo grudada na porta uma montagem da imagem de Andrea por trás de grades de uma prisão e uma legenda dizendo " Alta periculosidade".

Olho pra Andrea.

— Me desculpe, Andrea.

Minha namorada começa a rir da imagem.

— Miranda, você disse que as meninas não iam...

— Foi a minha irmã, Andrea. Isso não é trabalho das gêmeas.

Aponto para a fotografia da minha namorada e ela gargalha.

— Seja feliz por não ter uma irmã, Andrea.

Mais uma vez ela gargalha. Entramos em casa e logo a Milk nos receber. Andrea pega a sua cachorrinha nos braços e eu logo verifico se é a nossa verdadeira Milk. Andrea fica conversando com ela na sala enquanto eu sigo até a cozinha ao escutar Vejo as gêmeas sentadas com o notebook aberto.

Quando elas percebem a minha presença fecham rapidamente a tampa do computador.

— Boa noite.

As duas me olham, se olham e me olham novamente.

— Boa noite.

Elas me cumprimentam em uníssono.

— O que está acontecendo? — Pergunto cismada.