Grace fez Jennifer ir ao hospital (Robert a atendeu com cara de quem queria terminar o trabalho de Alfonso), mas não havia dano maior. Logo ela se livrou da tia e, pensativa, voltou pra casa. Surpresa foi chegar lá e encontrar Jonathan arrumando suas coisas. Tinha ido ao pronto socorro, que colocara uma espécie de tala na ponte do nariz dele, e tinha fundas marcas roxo escuro em volta do mesmo, alem de um olho. O nariz ainda sangrava brevemente.
Jennifer: O que você está fazendo? — Perguntou, cansada. Nela só ficaram marcas roxas no formado de dedos ao redor do pescoço.
Jonathan: Vou sumir por um tempo. — Disse, obvio, levando um lenço ao nariz. Ele ia do closet até a mala, trazendo braçadas de coisas.
Jennifer: Porque levou um par de murros? — Jonathan riu, parando o que fazia, e a olhou.
Jonathan: Você é muito burra ou muito ingênua pra achar que ele não vai voltar aqui pra terminar o que começou, Jennifer. Não dá pra esperar que sua tia apareça toda vez. — Disse, obvio. — Se você fosse inteligente, daria um tempo até a areia baixar também. Já conseguiu o que queria.
Jennifer: Eu quero ele. — Ressaltou, observando. — Ela foi só uma complicação.
Jonathan: E ele, obviamente, quer você morta. Eu me informei na portaria e com alguns funcionários: Anahí não foi embora. Se eu bem a conheço, ela está pesando os dois lados antes de tomar a decisão, com medo de errar, de magoar alguém. — Disse, voltando a arrumar a mala — Enquanto isso ele fica travado, sem poder avançar ou voltar, e a culpada disso é você.
Jennifer: Eu não vou fugir. — Determinou, cruzando os braços.
Jonathan: Bem, deveria. Eu vou, porque eu gosto de viver. Ele tentou te estrangular porque você fez ela lembrar do passado. Só que o passado que ela lembrou sou eu. Logo, dá pra imaginar quem é o proximo da fila. Me diverti com Anahí, mas não é um motivo pelo qual eu pretenda morrer. — Disse, debochado, fechando uma mala.
Jennifer: Não me convenceu. — Ele a olhou, parecendo não dar a mínima.
Jonathan: Continue aqui, e a única coisa que você vai ter dele é o nome na sua certidão de óbito, no campo que diz "causa da morte". — Disse, debochado — É preciso saber jogar, Jenny. As vezes recuar é necessário. — Encerrou, voltando ao closet. Ela ficou na porta do quarto, pensativa.
Anahí chegou em casa exausta. Seu cérebro devia estar fumaçando de tanto pensar e não chegar a conclusão alguma. Ela empurrou os sapatos (sentira falta dos saltos, mas não podia negar que andar de sapatilha era bem mais confortável) e se jogou no sofá, ficando lá por bem meia hora. Sem pensar, sem se mover, sem nada, apenas olhando as tramas da madeira da mesinha a sua frente, o cérebro em modo de economia de energia. É, isso era bom.
Então o elevador apitou, e a agitação tomou conta da casa. Anahí ouviu a voz das crianças antes de sair do estado de torpor, erguendo a cabeça pra olhar. Gail ria, Nate falava algo e Blair o ignorava. Ela usava uma fantasia rosa, uma coisa estranha que parecia um vestido amarrado no ombro com asas de plumas atrás.
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Enquanto Você Dormia (Efeito Borboleta - Livro 2)
FanficTRAILER OFICIAL: https://youtu.be/Um7zO-MwLKw Quando você é enganado, traído e machucado a certo ponto, só existem duas opções: Esquecer e perdoar, ou esperar o momento e a hora certa de se vingar. Essa não é uma história sobre perdão. "O bater das...