CAPÍTULO - QUATORZE

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Presentinho extra pra vocês hehe

EMMANUEL SÁNCHEZ

— Temos visitas…? — Otto comentou, me olhando de cima abaixo, com certo desgosto.

— Ah, Otto… este é Emmanuel… meu ex. Ele é o pai da Dulce. — Natalie falou, e pude notar o sorriso do homem desaparecendo.

— Ah… Dulce e eu estávamos nos dando bem, não é princesa? — Falou, rindo, tentando tocá-la, mas me afasto com ela em meus braços, o olhando friamente. — Ora… um pai ciumento?

— Podemos conversar, Otto? — Sugiro, ignorando seu comentário. Ele me olhou com surpresa, mas assentiu. Entrego Dulce para Natalie, que me olhou temerosa.

— O que vai fazer? — Sussurrou, e eu suspiro.

— Procure algo melhor. — Resmungo, a olhando seriamente. — Saia daqui com a Dulce. — Ordeno, vendo ela alternar seu olhar entre mim e Otto, que sorria nojento para minha filha, que desde que ele chegou, estava agarrada em mim e em Natalie. — Os sinais estão óbvios, Nat… — Murmuro, e ela abraça Dulce mais forte, desviando o olhar e saindo de casa.

Volto minha atenção para Otto, que andava pela casa, parecendo me avaliar minuciosamente.

— O que um mauricinho quer comigo? De repente resolveu aparecer? — Questionou, cruzando os braços.

— A pergunta em questão é: o que você quer com minha filha? — Rebato e ele me olha, arqueando uma sobrancelha em questionamento.

— Ela é quase como uma filha pra mim…

— Ela não é sua filha. — O corto de imediato. — E acho bom você parar de ficar a agarrando sem a vontade dela. Dulce contou algumas coisas sobre você e já foi o suficiente para eu te detestar. — Ele riu, revirando os olhos.

— E vai acreditar no que uma criança diz?

— Sim. Prefiro acreditar completamente na minha filha do que em um drogado que possivelmente é um assediador de menores. — Falo, notando seu sorriso desaparecer.

— Escuta aqui, moleque! Você não tem provas para sair me acusando assim! Eu sou um cidadão de bem! — Exclamou, me fazendo ri.

— Com toda certeza… mas eu não ligo para provas. Não gosto de me manter na incerteza. — Retiro um soco inglês de dentro do meu sobretudo, vendo ele ri.

— Acha que pode comigo, moleque?! Não se preocupe, eu vou cuidar muito bem da Dulce… minha princesinha… — Provocou, e no mesmo instante interrompi sua fala com um forte soco em seu rosto, o fazendo esbarrar na mesa, derrubando algumas coisas que estavam em cima dela na tentativa de tentar se segurar.

— Não acho. Eu tenho plena certeza. — Suspiro, ajeitando o soco inglês e o observando se levantar, partindo para cima de mim, tentando acertar meu rosto, mas desviei, agarrando seu braço e o impulsionando para trás com toda força, podendo ouvir o barulho do osso quebrando e seu grito de dor ecoar pela casa. Chuto suas costas, o fazendo bater com o rosto na parede, agonizando de dor, agora com boca e nariz sangrando. Caminho tranquilamente até ele, agarrando seus cabelos sujos e desgrenhados, os puxando para trás, o obrigando a me olhar. — Eu até diria para você aprender a lição e repensar suas atitudes… mas não sou homem de oferecer segunda chance. Você é adulto. Já teve tempo o suficiente para saber que o que faz… é o nível mais baixo que alguém pode chegar. Você me dá nojo. — Saco a arma de dentro do sobretudo, agarrando seu queixo com força, o ouvindo gemer de dor. — A hora de confessar é agora… já está fodido mesmo, que diferença faz?

— Desculpa…! Por favor… não me mata… — Pediu, cuspindo sangue.

— O que fez com minha filha? — Aperto seu queixo com mais força, encostando o cano da arma em sua garganta, vendo as lágrimas de desespero correrem pelo seu rosto que já estava banhado em sangue.

— Não cheguei a fazer nada… — Pressiono o cano da arma mais forte, o vendo fechar os olhos, implorando baixinho para deixá-lo vivo.

— O que você fez?! — Repito, impaciente.

— Só a toquei por cima da roupa… por favor… — Ao ouvi-lo, me levanto, desferindo um forte chute na boca de seu estômago, lhe tirando o ar. Pensei em matá-lo de uma vez, atirar em sua cabeça e pôr um ponto final nisso, mas eu estava furioso, não querendo que ele tivesse uma morte tão rápida. Então ergui as mangas da minha camisa, guardando a arma no cós e pondo novamente o soco inglês em meus dedos, subindo em cima dele e começando a desfigurar seu rosto, tomado pela fúria, descontando minha raiva nele, por ter tocado em minha filha, e principalmente ter cogitado essa merda.

Só parei quando senti meu corpo menos tenso, com a raiva diminuindo. Ele não se mexia mais. Seu rosto estava afundado. Não havia nem como encontrar o desenho de um rosto nele. Estava desfigurado e não respirava mais. Observo a bagunça que fiz, resolvendo cuidar logo disso e sumir com o corpo.

Não foi fácil, mas eu já estava acostumado. Ninguém sentiria falta desse inferior asqueroso.

— O que você fez…? — Natalie retornou horas depois, enquanto eu estava me recompondo, terminando de me limpar e manter minha imagem impecável

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— O que você fez…? — Natalie retornou horas depois, enquanto eu estava me recompondo, terminando de me limpar e manter minha imagem impecável.

— O necessário. Ele confessou o que fez. — Falo, a olhando seriamente. Ela engoliu em seco, com os olhos se enchendo de lágrimas.

— Me desculpa…! Eu devia ter… ter notado algo…! — Balbuciou, chorando. Respiro fundo, balançando a cabeça e vestindo o sobretudo.

— Fique mais atenta ao que Dulce fala. Criança não tem filtro, Natalie. Eu preciso ir agora. Mas fique mais atenta. Namore o quanto quiser, mas mantenha sua casa segura, e mais ainda nossa filha. Não traga alguém que acabou de conhecer para debaixo do seu teto. — Aconselho e ela assente rapidamente, me abraçando, um tanto sem jeito.

— Obrigada…

— Se cuide. — Seguro seu rosto entre minhas mãos, depositando um beijo em sua testa e pegando as chaves do meu carro. Dulce já deveria estar na escola, ao menos eu consegui vê-la a tempo. Então me despeço e retorno para casa.

Ver Sebastián me procurando foi realmente uma surpresa. Nós estávamos nos envolvendo naturalmente e isso era gostoso de se imaginar. Ele se mostrou completamente diferente da impressão que ele deixa nos eventos. Já perdi as contas de quantas vezes o via falar com alguém, sair, e acabar sendo chamado de grosseiro, sem ética, e nomes piores que prefiro não relembrar. E eu amava saber que eu tive a chance de conhecer esse seu lado. Um lado que revela um homem livre, decidido daquilo que deseja, e extremamente protetor quando o assunto é família.

Eu via inúmeras qualidades deste homem e estava me apaixonando por cada uma…

Mas ele não era o único que tinha conhecimento da prática BDSM…

VERDADE OU CONSEQUÊNCIA? - Livro 3 da série A Ascensão do Alto Escalão Onde histórias criam vida. Descubra agora