CAPÍTULO - VINTE E NOVE

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Ps: nome da baby Dickson alterada

EMMANUEL SÁNCHEZ

— É impossível chegar perto dela! — Matías resmungou, em uma nova – e falha – tentativa de conseguir dançar com a cobiçada Ambre. Sem dúvidas, ela virou a atração principal da noite depois dos noivos e da filha deles. Mas Raul estava como um cão de guarda a protegendo de qualquer um que se aproximasse. Tanto que nem veio conversar na roda dos homens. Simplesmente não soltou a irmã por nada e todas as danças ele esteve com ela.

— Vocês estão sendo alvoroçados demais. Não acham? — Resmungo, impaciente e ambos me encaram.

— Disse o homem que teve uma filha na adolescência! — Santiago rebateu, o que me fez bater em seu braço, o olhando bravamente.

— Cala a boca! Quer que todos saibam?! Aliás… elas estão bem? — Questiono e eles afirmam, para meu alívio.

— Já foram devidamente instaladas… — Matías falou, em um suspiro desgostoso.

— Obrigado por me ajudarem… — Balbucio, chamando a atenção dos dois.

— Irmãos servem para isso, não? — Santiago falou, sorrindo e dando dois tapinhas em meus ombros. Retribuo o sorriso, respirando fundo e assentindo. Logo avisto Sebastián adentrando o salão, o que me fez ir rapidamente até ele.

Ele parecia chateado, porém, mais aliviado do que antes.

— Amor, está tudo bem? — Questiono e ele sorri fraco, assentindo, abraçando minha cintura e me beijando brevemente.

— Está… por enquanto está. — Sebastián olhou em volta, suspirando e enfiando a mão do bolso da calça. — Acho que essa festa já deu pra mim… você vai ficar?

— Não… quero ficar com você. Só vamos nos despedir dos noivos. — Peço e ele concorda, me acompanhando até Jason e Oliver, que desde que os vi na cerimônia não paravam de sorri. Pareciam realmente felizes com aquela nova etapa na vida deles. A pequena bebê estava nos braços de Oliver, brincando com o pai, soltando curtas risadinhas e barulhinhos que arrancava um sorriso até do homem mais frio que existisse. — Parabéns pelo casamento! É notável o quanto vocês se amam. — Falo, chamando a atenção deles. Jason foi o primeiro a estender a mão.

— Obrigado, Sánchez. Sem dúvidas, estávamos ansiosos para isso. — Jason falou, e eu apertei sua mão cordialmente. Logo em seguida Oliver fez o mesmo.

— Como se chama? — Questiono, olhando para a pequena, vestida como se fosse uma princesa. Ela não parecia nem um pouco incomodada com a atenção que recebia dos convidados, nem do barulho. Parecia até animada com todo aquele holofote.

— Ruby. Ruby Dickson. — Jason falou, com orgulho. Sorrio, vendo Ruby me estender os bracinhos, me deixando surpreso, a pegando nos braços. Ela ficou quietinha, soltando uma risada gostosa que quebrava qualquer adulto, me fazendo ri junto.

— Ela é tão carinhosa! — Exclamo, sorrindo, a beijando na bochecha, vendo ela tentar imitar meus movimentos, fazendo biquinho. — Quer segurá-la, amor? — Olho para Sebastián, que negou rapidamente.

— Não. Podemos ir logo? — Falou, o que me fez suspirar, devolvendo a Ruby para os braços dos pais e segurando o braço de Sebastián.

— Vocês estão juntos?! — Oliver questionou, nos olhando com surpresa.

— Estamos… — Sorrio, respirando fundo. — A festa está incrível! Parabéns. Lhes desejo toda a felicidade do mundo, e para a pequena herdeira também. — Falo, tocando o nariz dela, que riu, agarrando meu dedo indicador.

— Você tem jeito com crianças. — Oliver comentou, me fazendo sorri, assentindo.

— Parece que sim… bem, até mais! — Nos despedimos e saímos do salão.

— Para onde quer ir? — Questiono e ele me olha, enquanto caminhávamos de mãos dadas.

— Sabe o que eu estava pensando? — Comentou, olhando para frente. — Talvez seja bom eu arrumar um lugar para morar… — Falou, chamando minha atenção.

— Amor… seus pais…

— Eu não estou irritado, mas ainda me sinto enganado por eles.

— Acho que você deve ir com calma. — Falo e ele para de andar, me olhando atenciosamente.

— Você acha?

— Isso tudo ainda é muito recente, amor. Vocês precisam principalmente conversar. Uma única vez não basta. Seus irmãos não têm nada a ver com isso. Você ama a Cristine. E sabemos o quanto ela é louca por você. Cezar sempre demonstra preocupação e cuidado por ti… meu amor, eu sei que deve ser difícil lidar com isso, mas pensa com calma. Albert pensou no seu bem, e seus pais acolheram você. Você tem sim uma família linda e que te ama. Se quiser se mudar, eu te apoio… mas pensa um pouco mais… — Falo e ele suspira, assentindo.

— Albert era o antigo Líder italiano. Ele perdeu o cargo após ser banido. — Comentou, me fazendo encará-lo rapidamente. Notei que sua respiração estava descompassada.

— Então você…

— Isso. — Afirmou, nervoso, segurando minha mão mais firme.

— Russel deve saber que ele era o antigo Líder, mas provavelmente não sabe que o filho dele continua vivo… o que vai fazer? — Questiono, e ele dá de ombros.

— Cezar se preparou a vida inteira para isso. É a razão de viver dele. Isso deve permanecer assim. — Ditou, chamando minha atenção.

— Amor… mesmo que tente fugir disso, acredito que o melhor seja vocês conversarem. — Falo, vendo ele suspirar, assentindo.

— Não quero mais falar disso… — Resmungou, e eu apenas concordei, segurando sua mão mais forte, me sentindo nervoso.

— Amor… tem algo que eu preciso te dizer… — Falo, nervoso.

— Diga.

— Não agora… só quero te pedir… que quando eu puder te contar… me prometa que vai tentar me entender. — Peço e ele para de andar, me olhando.

— Está me assustando, Em. — Forço um sorriso, balançando a cabeça.

— Não se preocupe… é só que… eu penso que você não reagiria tão bem. — Comento e ele volta a andar, não falando mais nada.

Eu realmente não sei o que poderia acontecer quando ele descobrisse…

VERDADE OU CONSEQUÊNCIA? - Livro 3 da série A Ascensão do Alto Escalão Onde histórias criam vida. Descubra agora