Emília estava acabada e ao ver o duque era como se toda fadiga acumulada viesse de uma só vez, ela sentiu seus olhos fechando sozinhos, sem conseguir fazer nada para impedir. Ela apagou, no momento em que chegou perto de Sebastian sentiu seu corpo inteiro pesar e quando percebeu já tinha dormido. Emília só acordou depois, quando já estava na carruagem do duque voltando para casa. Ela tinha escondido em suas vestimentas todas as informações que eles conseguiram, ela sentiu aqueles papéis lá e voltou a dormir, o mais importante estava ali agora eles só tinham que chegar no ducado.
Ela dormiu e estava deitada no colo do duque, mas ela não tinha consciência alguma sobre isso, somente no meio do caminho acordou e abriu os olhos, olhou para o lugar onde estava. Ela se assustou ao ver que estava babando no colo de Sebastian e se sentou rapidamente.
— Pode ficar, Emília — disse o duque com uma voz doce e calma, até parecia que não tinha rebelião nenhuma mais, de tão calmo que ele aparentava estar.
— Mas eu estava...
— Fui eu que te coloquei aqui, então fique tranquila — disse ele a interrompendo.
— Já que insiste.
Ela não voltou a se deitar, passou a olhar pela janela e ver a paisagem mudar até que a viagem era longa e o balançar da carruagem ela foi se deitando no ombro do duque. Ela dormiu novamente, era como uma viagem longa de ônibus, ela sentia o balançar e dormia meio desconfortável, mas dormia.
Quando chegaram no ducado ela ainda estava dormindo e o duque a levou no colo mais uma vez, seu pai, Albert, foi correndo recebê-la ao ver a carruagem chegando. Viu o duque a levando no colo e se preocupou, foi até ele e perguntou:
— Ela está bem?
— Está sim, sofreu alguns arranhões, mas ela só está dormindo agora, está muito cansada.
— Ufa que bom, obrigada por encontrá-la.
— Não me agradeça, eu fiz por mim.
— Eu sei, mas você trouxe minha filha de volta para casa, então sinto-me no dever de lhe agradecer. Agora leve-a para o quarto dela para que ela posso descansar e ter uma boa noite de sono.
— Farei isso, ela precisa descansar e quando estiver melhor perguntamos o que aconteceu.
— Perfeito agora leve-a.
Sebastian a levou até o quarto dela e a colocou com calma e delicadeza na cama dela. Se retirou tentando ser o mais silencioso que conseguia, assim a deixando dormir tranquilamente. Quando ele saiu deu de cara com Albert que os acompanhavam.
— É um alívio vê-la bem — disse Sebastian.
— Com toda certeza, ver minha filha bem, acho que devemos concordar que ela deveria ter dito não a essa missão.
— Sem dúvidas.
— Mas ela quis fazer isso para ter uma segunda chance naquela situação.
— Eu sei que é egoísmo da minha parte, mas preferia que ela não tivesse ido.
— O importante é que você respeitou a decisão dela, isso para mim é o mais importante, isso é o que me faz permitir vocês ficarem juntos.
— Muito obrigado, senhor.
— Sou como seu segundo pai, você pode conversar mais informal comigo.
Sebastian sorriu, Albert fez o mesmo, e os dois foram comer juntos, beberam felizes que Emília tinha voltado bem para casa.
***
Emília acordou assustada, levou um susto ao se ver numa cama, e agora sabia que além de estar na cama estava em seu quarto na casa do duque, foi bem estranho, mas tinha uma ideia do que tinha acontecido. Se mexeu e sentiu o documento que guardara contra sua pele. Tirou ele de lá, e antes de qualquer um resolveu ler, ela sabia que não devia afinal era uma missão que o próprio príncipe lhe dera. Mas ela havia morrido uma vez por esses papeis, ela merecia a chance de lê-los agora.
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A Dama de Cabelos Pretos (em revisão)
RomanceEmília só tinha certeza de uma coisa, que nunca esqueceria a expressão de seu amado no dia de sua morte. Começou de novo, mas nem tudo acontece como ela imaginava. Será que Emília conseguirá arrumar o futuro? Será que ela será escolhida por seu amad...