Capítulo 16 - Plano Improvisado

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Emília se jogou dentro da banheira, e lá ficou até que sentia que precisava ir dormir, mas estava tão bom ficar ali só relaxando na água que foi bem difícil sair dali. Depois se jogou em sua cama, fechou os olhos se esquecendo de tudo, inclusive do plano que precisava montar.

Já havia se passado todos os dias que faltavam para o incidente, para o dia em que roubariam o medalhão e Emília ainda não conseguira chegar ao plano perfeito, se é que existia um. Emília sabia de certa forma o que ela precisava fazer, mas tinha medo de dar um deslize e, além de o tal do assistente tirar a prova qualquer suspeita que ele tinha, o Albert, seu pai, acabar por arcar com as consequências, isso ela não podia permitir.

Porém ela já havia feito a sua cabeça, ela já tinha decidido que iria fazer, tinha medo mas não iria desistir tão fácil, "dessa vez o medalhão não será roubado" ela pensava enquanto olhava para fora.

Na manhã do fatídico dia, Emília tomava seu café da manhã em um modo automático, sem realmente perceber muita coisa, nervosa em ter que colocar seu plano em prática. Albert percebeu que isso é ficou preocupado, de alguma maneira ele sentia que ela estava prestes a fazer alguma loucura.

É lógico que ela tinha um plano mas ele não era exatamente dos melhores, porém se ela desse uma boa improvisado poderia dar certo, ao menos era o que ela achava. Albert nem se atreveu a perguntou, seu medo de descobrir o que poderia ser, ou de ficar sabendo da loucura dela o impedia de perguntar ou tentar descobrir qualquer coisa sobre esse futuro evento.

O dia em si ocorreu normal, contudo, Emília percebeu uma quantidade exagerada de vezes em que reparou o assistente do duque olhando para ela. Ela fez sua rotina normal, ficou sentada na mesa que dava para ver da janela do duque, afinal ela não queria mudar alguma coisa e eles a estranharem mais ainda.

***

Pode-se dizer que o duque também tinha passado seu dia até que de uma forma normal, lógico, o normal de agora e não de antes. Ele estava desde de manhã olhando em papéis pesquisando lendo e relendo, ele já viu que para uma melhor pesquisa ele teria que ir na biblioteca do castelo. O problema era que ele odiava aquele lugar, odiava tanto, também tinha a biblioteca da igreja, mas o s livros seriam só sobre teologia, pelo menos era o que ele achava, contudo ele achava que existia uma possibilidade de ele achar algo lá. Ainda sim odiava a ideia de ir ao castelo, odiava que sempre que ia lá o rei pedia para vê-lo, afinal ele estaria indo para casa do rei, mas mesmo assim era um lugar que ele sempre tentou evitar a qualquer custo. E ele estaria indo para lá agora, por Miranda, e iria ter que ir lá várias vezes, outro medo que ele tinha era a suspeita que iria causar.

O duque mais uma vez olhava pela sua janela quando Andel tinha acabado de bater na porta e ele liberado para entrar. O assistente fez reverência e se prontificou na frente da mesa do duque observando o duque olhando pela janela.

— E então já confirmou as suas suspeitas? — perguntou o duque ainda olhando pela janela.

— Estou quase.

— E sobre Miranda?

— Nada ainda, parece que se ela estiver em algum lugar ela foi parar muito longe.

— Se ela estiver em algum lugar?

— Temos suspeitas que talvez ela não esteja mais vivendo entre nós.

— E por que?

— Porque não é possível que ela tenha sumido dessa forma, nós somos muito capazes, não a dúvidas que já a teríamos encontrado.

— Então sobrou só duas opções, ou ela está morta ou ela está muito longe mesmo.

— Por enquanto continue procurando — Sebastian tinha uma expressão tensa, dava para ver que doía ele admitir isso. Porém em nenhum momento durante a conversa ele olhou para Andel.

A Dama de Cabelos Pretos (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora