Capítulo 13 - Suspeitas e Lembranças

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Era hora do almoço e Emília tinha se arrumado para ir a mansão principal, lógico que tinha colocado roupas simples, nada extravagante para roupas daquela época. Albert também estava um pouco arrumado, como ela, se bem que na época que eles estavam todos da burguesia e nobreza para cima pareciam estar o tempo todo arrumado, as vestes eram sempre cheias de tecido como vestidos longos e ternos que é considerado social, agora, na Terra.

Albert foi com sua filha até a mansão principal, ele tinha em sua mente que queria um pedido de desculpas do duque para sua filha imediatamente, senão não iria permitir que ela insistisse em estar com ele.

— Bem-vindos a minha mansão, meu grande amigo Marquês Albert Walsh e sua filha, primeiramente eu gostaria de pedir perdão por como lhe tratei ontem, eu agi impulsivamente e fiz errado. Eu gostaria que a Dama aceitasse o meu perdão se for possível, afinal eu sei o quanto errei — disse o duque se curvando perante a ela, como forma de desculpa.

— Eu, Emília Walsh, aceito suas desculpas — ela disse e ele tremeu um pouco com o que tinha ouvido.

— Muito obrigada senhorita. Agora se me permitem gostaria de acompanhá-los até a sala de jantar, onde almoçaremos e jantaremos hoje. Espero que a comida esteja no agrado de vocês — disse o duque.

Eles seguiram o duque até a sala e enquanto caminhava Sebastian pensava: "eu me sinto mal de ter que receber visitas quando você, Miranda, está desaparecida, eu tinha que estar te procurando e não aqui com as visitas". Ele estava se martirizando por causa disso, ele sentia muita culpa, dor, mas ele não sabia o que fazer, querendo ou não ele tinha errado e Albert era um amigo de tantos anos, e era amigo antigo da família.

Quando chegaram a sala de jantar, Emília decidiu tomar mais cuidado ainda com suas palavras, ela não queria machucá-lo. Eles se sentaram a mesa, e logos os pratos começaram a ser servidos, o silêncio foi a primeiro a aparecer, então Albert resolveu puxar assunto. O assunto era os negócios deles, Emília prestou atenção, mas não sabia opinar sobre o assunto, então ficou quieta. Foi a primeira vez que ela sentiu falta de suas conversas com o Anthony, só que ali ela não poderia contar sobre a terra, pelo menos não agora.

Sem perceber ela tinha se perdido em pensamentos, voltando para o passado, o dia que ela conheceu o duque. Quando voltou a si já estava na sobremesa, começou a observar disfarçadamente o seu amado, ele estava tão lindo quanto no dia em que se viram pela primeira vez, e na última também. Antes que ele pegasse ela o observando virou a cabeça olhando pra Albert que estava falando, e ficou acompanhando com a cabeça quem estava falando. Mas a verdade era que só a cabeça os acompanhava, pois tudo que estavam falando entrava por um ouvido e saia pelo outro.

Depois do almoço se despediram e Emília resolveu dar uma volta no jardim, o duque havia dito que ela poderia ficar à vontade para passear, e que não os acompanharia porque estava muito ocupado. Emília olhava em volta aquele lugar ela sentia como se fosse a casa dela, mas agora não era mais.

***

O duque estava conversando com seu assistente e mordomo sobre Miranda.

— Alguma ideia de onde ela possa estar? — perguntou Sebastian.

— Já mandamos pessoas procurando em vários lugares, mas sem sorte, a pessoa que fez a magia tem muita habilidade, pode ter sido enviada para longe — afirmou o assistente.

— E depois de uma boa investigação no quarto da senhorita Miranda não foi possível achar sequer um traço de magia, e se fosse um artefato seria impossível não ter traço mágico — explicou o mordomo.

— E sobre a garota que estava com ela, a filha de Albert, já falaram com ela? Poderia ter sido ela a responsável pelo o que aconteceu com Miranda? — perguntou Sebastian.

A Dama de Cabelos Pretos (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora