Capítulo 19 - Confirmando Suspeitas

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Emília acordou só depois quando o céu já estava escuro, ela estava confusa, olhou em volta e depois de muito esforço percebeu que estava em seu quarto. Ela ainda se sentia muito cansada, mas se levantou, foi até o banheiro no escuro mesmo, estava com sua bexiga apertada. Depois de lavar a mão olhou melhor em volta de seu quarto e só então pensou "como eu cheguei aqui? Eu não estava na biblioteca?", mas seu estômago gemeu, então deixou para pensar nisso uma outra hora.

Desceu e viu que não tinha mais ninguém lá embaixo, olhou no relógio e viu que o ponteiro marcava que era quase meia noite. Entrou na cozinha e comeu umas frutas só para não dormir de novo com fome, subiu, escovou o dente e se jogou na cama, não demorou muito para adormecer novamente.

Na hora que acordou pela manhã ela tinha tido um sonho muito bom e vagava sobre ele até que sua mente lhe jogou uma bomba "se os assaltantes não conseguiram nada, não pegaram o medalhão como queriam, isso não significa que eles podem voltar?". Aquele pensamento lhe fez abrir o olho quase que imediatamente, e todo sono e preguiça que sentia se esvoaçou como se tivessem lhe jogado um balde de água fria. Ela começou a se sentir nervosa por causa do pensamento, sua perna balançava freneticamente e ela levou a mão a boca mordendo as cutículas da unha. Ela estava sentada com as pernas esticadas na cama, bateram na porta e as criadas começaram ajudá-la a se trocar.

Logo que estava pronta ela desceu e viu Albert a esperando para tomarem café da manhã, parecia que ele tinha algo para perguntar a ela. Mas ela foi mais rápida perguntando:

— Bom dia, você sabe como eu fui parar no meu quarto ontem?

— Bom dia, eu não estava aqui, então não vi acontecer, mas você me parece descansada nem veio para o jantar, jantei sozinho com o duque.

— Ele esteve aqui?

— Sim esteve, inclusive ele estava indo embora quando eu cheguei, então perguntei se ele gostaria de jantar comigo e ele aceitou. Lógico ele se desculpou várias vezes pelo ocorrido.

— Não é como se ele tivesse culpa.

— Mas ele sente culpa. Se você quer saber como você foi para em seu quarto recomendo que pergunte a alguma criada, eu achei a história um tanto fascinante, então tenho fé que você também vai gostar.

— Você não pode me contar?

— Acho que você vai gostar mais de ouvir por eles.

— Já que você insiste... Pai.. você.. você acha que tem chance dos suspeitos retornarem por não conseguirem o que queria?

— Eu acho, e inclusive queria comentar isso com você, mas você chegou a esse pensamento sozinha.

— Como vamos... — ela pensou em perguntar 'como vamos impedir isso de acontecer' mas ela achou que alguns criados do duque poderiam entender errado.

— Vamos pensar em algo, agora descanse por hoje.

— Certo.

— Ahh, quase me esqueci por acaso quando Miranda sumiu ela ou você tocaram uma na outra?

— Sim, ela tocou no meu braço para me chamar. Por quê?

— Nada não, curta dia.

Emília saiu e foi se sentar na mesa de sempre, tinha trazido um livro para ler ali, esquecendo completamente de perguntar para uma criada como ela havia parado no quarto dela naquele dia.

***

— Você conseguiu falar com ela ontem? — perguntou o assistente para o duque naquela manhã.

A Dama de Cabelos Pretos (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora