Capítulo 2 - Um Recomeço

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Muitas horas se passaram desde que ela perdeu a consciência. Quando seus sentidos começaram voltar um por um, sentiu algo pinicando e uma leve umidade. Também sentiu um pouco de vento que a deixou arrepiada, demorou, mas, finalmente conseguiu abrir os olhos, contudo, ainda sem forças para mexer os músculos, então, ficou ali deitada olhando para o céu azul com algumas nuvens brancas e entendeu que, talvez, ainda estivesse viva, talvez, Deus tivesse ouvido suas preces.

O tempo foi passando e finalmente percebeu que conseguia mexer os músculos, mas não tinha força para usá-los, então ia ter que ficar deitada ali mais um tempo. Seus olhos foram se fechando e assim acabou caindo num sono profundo, sentindo como se estivesse extremamente fatigada.

Algumas horas se passaram, quando um senhor, de cabelos grisalhos, bem arrumado, de terno marrom escuro, com um bigode bem feito e de olhos castanhos, viu uma garota de olhos castanhos como os dele e cabelos pretos e longos, caída na grama, inconsciente. Usava uma roupa que podia ser dita como estranha, era uma calça jeans e uma regata branca com um jaqueta de couro falso preta por cima e nos pés um coturno de couro falso preto.

Ele não tinha certeza se ela estava viva, então checou a pulsação, estava normal, mas ela estava muito pálida e gelada, então ele chamou alguém para levá-la para dentro e colocou numa cama quentinha, num de seus inúmeros quartos.

Quando ela acordou, sentiu uma cama macia e confortável, parecia que ela estava num travesseiro, devagar abriu os olhos e não havia mais um céu azul, e sim um teto bem bonito. Sentiu-se quente com um peso em cima e viu que estava de cobertor, então sua audição voltou, ela ouviu chuva, estava chovendo lá fora. Sentindo-se protegida ela começou a tentar se arrastar para cima na cama, ela ainda não tinha muita força.

Depois de muito esforço, conseguiu subir para ficar apoiada na cabeceira, portanto ela finalmente começou a observar a sua volta. Ela estava num quarto grande, por assim dizer, que era marrom com vermelhos as cores tinha poltronas e mesinha, um armário, e em volta da cama tinha cortinas que estavam abertas, do seu lado havia uma mesinha de cabeceira com uma jarra de água e copos.

Sendo assim ela foi tentar pegar um copo de água o que foi em vão, pois seus músculos fraquejaram quase derrubando o copo vazio. Contudo, com a adrenalina que subiu ao quase derrubar o copo, ela começou a pensar: "Peraí, eu não tinha morrido? Eu não estava na grama? Onde eu estou? Como vim parar aqui?" perguntas vieram sem parar e sem muitas respostas, a única coisa que ela tinha certeza é que estava viva. Trovejou e alguém bateu na porta:

— Está acordada? — perguntou uma voz baixa e gentil.

— S-sim.... — ela disse com a voz falhando.

— Posso entrar? — a voz de um homem de idade perguntou calmamente.

— C-claro.... — A voz dela ainda falhava, o que deixou ela um pouco envergonhada.

Então um senhor já de idade entrou no quarto, vestes antigas em tons de marrom escuro, carregava uma bengala preta com a ponta feita de prata com um símbolo? Ao se aproximar da cama, percebeu que ela ainda não tinha forças, pela expressão e o jeito que ela tinha se posicionado na cama. Ao ver a roupa do senhor e quarto em que estava, ela sabia que se encontrava em uma época antiga, mas isso também lhe fez pensar em outras coisas.

O senhor pegou a jarra e colocou água no copo de vidro.

— Imagino que você deva estar com sede — ele disse oferecendo o copo. Mas na hora que ela foi rejeitar, por não ter força ainda para segurar o copo, o senhor continuou —, fica tranquila, você não irá precisar segurar.

Ele colocou a borda do copo encostada nos lábios dela e aos poucos começou a virar até ela tomar o copo todo. Logo que ela terminou ele colocou o copo de volta ao seu devido lugar.

A Dama de Cabelos Pretos (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora