Capítulo 33 - Sobrinho-neto

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— Minha filha, você demorou para voltar, se divertiu? — perguntou Albert risonho.

— Sim, fiz uma grande amizade com a princesa.

— Você deve estar surpresa com a chegada de Anthony, não é?

— Sim!

— Sentiu saudades? — perguntou Anthony em um tom brincalhão e também risonho.

— É claro que sim! — respondeu Emília no mesmo tom.

Era óbvio que os dois estavam bebendo, mas não pareciam ter perdido a sanidade mental ainda.

— Andaram bebendo? — perguntou Emília um pouco preocupada.

— Só um pouquinho — disse Anthony.

— Ele trouxe uma garrafa da safra nova e perguntou se eu queria experimentar enquanto esperávamos você chegar — explicou Albert.

Realmente nenhum dos dois haviam bebido demais, só tinha uma garrafa na mesa e ela não estava nem na metade, mas parecia ser um tanto forte. Contudo eles só tinham um leve rubor no rosto, por fim ela concluiu que eles estavam bem e sãos.

— Já que dizem, vou acreditar.

— Quer provar? — perguntou Anthony.

— Ok, eu provo, mas só um gole — rapidamente um dos criados trouxe um copo limpo, e ela provou, era forte, mas não o suficiente para deixar alguém bêbado em um só gole.

— Como foi o baile? — perguntou Albert.

— Bom, teve pros e contras, inclusive já tenho tanto amigas como inimigas.

— Isso que eu chamo de aproveitar o baile ao máximo — Thony riu.

— Você dançou? — perguntou o pai meio sério, com um tom de voz mais firme.

— Não dancei.

— Nem com o duque? — perguntou Thony boquiaberto.

— Nem com ele.

— Ele te chamou para dançar? — indagou Thony.

— Não exatamente.

— Alguém te chamou para dançar?

— O príncipe.

— E você recusou?!

— Não, Se... o duque disse que ele não poderia dançar comigo até que ele dançasse comigo.

— E.. o que ele disse depois?

— Que agora ele com certeza não queria dançar mais.

— E?

— É isso.

— Só isso, que sem graça, eu se fosse ele teria dançado com você a noite toda.

— Eu disse também, que não queria dançar.

— Você disse?!

— Sim.

— Ainda bem que o Duque não pensa como Anthony, não é minha filha? — comentou o Albert.

— Amém!

— Você deve estar cansada vendo quão tarde você chegou, acho que está na hora de nos retirarmos.

— Obrigada por me esperarem acordados.

— É meu dever como pai, agora hora de ir para cama.

— Vamos.

A Dama de Cabelos Pretos (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora