Emília estava em choque, será que ela tinha ouvido certo? Ela estava começando a duvidar dos próprios ouvidos, como seria possível que ela tinha sido chamada pelo nome de Miranda? Ela não era mais a Miranda fazia algum tempo, nada mais fazia sentido. Mas no desespero assentiu com a cabeça e foi ver o duque.
Ela sentia como se estivesse vivendo um déjà vu, a razão disso ela ainda não sabia. Emília chegou na porta do duque, mas quis hesitar em bater na porta, porém seu corpo não. Seu corpo moveu sem comando algum, ela bateu na porta e o duque mesmo abriu.
— Eu precisava te ver — disse ele a puxando para um abraço apertado. Porém Emília não estava entendo nada.
— Eu soube o que houve e vim o mais rápido que pude — disse ela sem entender, ela falou sem mesmo ter consciência disso.
— Obrigado por ter vindo — disse ele em um tom perto do de choro. Ela sentia a grande perda que ele teve, exatamente como ela se sentiu da primeira vez. —, da para acreditar, eles roubaram uma coisa tão importante para mim, o medalhão da minha mãe, uma coisa que ela sempre manteve no corpo, não tenho uma memória dela sem. Desculpa você ter que ouvir minhas lamúrias Miranda.
Mais uma vez Emília entrou em choque ao ouvi-lo chamá-la de Miranda, como assim ela era a Miranda? Fazia meses que ela estava no seu corpo original, como isso era possível? Mais perguntas que respostas mais uma vez. Porém antes que ela se desse conta ela já havia respondido a ele:
— Amor não é só para horas de felicidade, é para horas de tristeza, angústia, nervosismo, ansiedade, o amor é para todos os momentos, então fique tranquilo, ouvir você até nesses momentos será sempre um prazer para mim.
— Muito obrigado — disse ele e ali ficaram abraçados até ele se sentir melhor.
O assistente bateu na porta e entrou, fez uma breve reverência e disse.
— Nós só conseguimos aprender 1 dos cinco suspeitos, e ele se matou para não falar nada.
Primeiro o duque ficou perplexo, mas então ele voltou a sua expressão fria.
— Tudo bem, mas façam uma busca pela cidade — disse o duque, cuja as esperanças quase eram extintas.
Foi então que Emília abriu os olhos novamente e estava suada na cama "então era só uma memória" pensou ela vendo que ela se lembrou de vários detalhes que já não lembrava mais. Seria bom se ela pudesse se lembrar das coisas melhor, mas nem tudo acontece como esperamos, na maioria não acontece como esperamos. Porém Emília queria poder lembrar de eventos como o daquela fatídica noite melhor, ou ao menos lembrar de mais antes do acontecimento ela já iria adorar.
***
Era de manhã quando Emília se levantou, tinha dormido em picados naquela noite. Acordava a cada hora, às vezes até menos, pensou até mesmo em ligar as luzes do quarto e ler, pois via que dormir já estava deixando de ser uma opção. Contudo, ela persistiu até o final, e acordou mais cansada do que a hora que foi dormir.
Ela jogou água bem gelada no rosto para ver se melhorava sua cara de sono, é claro que por mais que melhorasse um pouco seus olhos caiam sozinhos, querendo fechar os olhos a cada segundo. Porém ela tinha uma missão muito importante para fazer, Emília tinha que perguntar se alguma coisa tinha sido roubado ou se nada tivesse acontecido, e sem causar suspeitas.
Ela terminou de se trocar e foi tomar café da manhã, que por sorte seria com seu pai, pois ele ainda estava sentado à mesa.
— Me parece cansada, não conseguiu dormir? — perguntou Albert a ela.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Dama de Cabelos Pretos (em revisão)
Storie d'amoreEmília só tinha certeza de uma coisa, que nunca esqueceria a expressão de seu amado no dia de sua morte. Começou de novo, mas nem tudo acontece como ela imaginava. Será que Emília conseguirá arrumar o futuro? Será que ela será escolhida por seu amad...