Na manhã seguinte o duque foi falar com Albert o mais cedo possível. Eles ainda tinham que falar dos negócios deles, mas Sebastian não tinha nenhuma intenção de trazer esse assunto à tona. Eles foram para o local novo que Albert estava usando de escritório, era perto do quarto dele na mansão principal.
— Ao que devo a honra da sua presença, Sebastian?
— Eu vim aqui para te perguntar algo.
— Eu só sei que não é por causa do casamento, então o que te traz aqui.
— Eu vim te fazer uma pergunta.
— Qual é?
— Você vai mesmo ficar sozinho?
— Bem, eu terei que voltar sozinho agora. Apesar que Anthony vai comigo embora.
— Eu queria saber se você gostaria de morar aqui, você pode escolher onde quer ficar.
— Então, você está me chamando para morar aqui, morar com vocês no ducado, ao invés de voltar para o meu reino.
— Exatamente. É sua escolha.
***
Emília estava em sua cama naquela manhã olhando para aquele anel, seu anel de noivado, seu sorriso simplesmente ficava maior só de ver aquele anel. Ela estava muito feliz, mas tinha algo que a deixava desconfortável, Emília tinha se apegado a Albert, seu pai, de forma que não esperava, ela não queria deixá-lo sozinho, ela ainda lembrava da promessa que fez para o príncipe do outro reino. Ela se sentia mal por talvez não cumprir, por ter dito sim, chegou ao ponto de pensar seriamente em desistir do duque, por mais que o amasse muito, não podia deixar seu pai, que já não era novo, sozinho, seria a mesma coisa que na Terra, ela não perderia de ver outro pai.
"Quem sabe em uma outra vida eu não possa viver um romance de contos de fadas?" Ela pensou um pouco triste, mas decidida, ela amava Sebastian e nunca deixaria de amá-lo, quem sabe num futuro distante ela não poderia se casar com ele? "O futuro já mudou tanto, eu não sou Miranda, não preciso me casar, por que não pensei nisso antes, mas espero que o duque entenda, se ele me esperar no futuro com certeza aceitarei de novo me casar com ele. Seria pedir demais para ele vender o ducado e ir morar comigo no outro reino? Bem que eu queria... mas sim é pedir demais. Meu pai bem que poderia morar conosco para não ficar sozinho... mas não sei se ele aceitaria. Quem diria que eu iria pensar tanto sobre casamento nessa vida... Vivi como Miranda, eu era obrigada a me casar, agora eu sou filha de Marquês então não estou completamente segura do que fazer. Melhor não tomar nenhuma decisão definitiva em uma coisa que não depende só de mim, ou será que depende? Seria mais fácil na Terra? Uma outra vida.... Espera tem algo que ainda não fez sentido algum, por que eu voltei no tempo? Por que eu voltei para o meu corpo original? Preciso ir à igreja! Agora!".
Emília se jogou para fora da cama, se arrumou correndo e foi em direção a saída da mansão, passou por onde Albert e Sebastian estavam, nem reparou neles, mas eles repararam na pressa dela. Ela pediu pela primeira carruagem que viu e foi para a igreja, somente lá eles poderiam dizer o que realmente aconteceu. Eles também eram um instituto de pesquisa, então ela revelaria sobre ela para eles pesquisarem e entenderem o que estava acontecendo.
Emília chegou lá e o auxiliar que sempre os atendia a reconheceu e falou:
— Pelo que eu saiba não temos nenhuma hora marcada hoje para a senhorita entrar na biblioteca.
— Não tenho mesmo.
— Então lhe peço perdão, mas não poderei deixá-la na biblioteca.
— Não tem problema, eu precisava falar com alguém hoje.
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A Dama de Cabelos Pretos (em revisão)
RomanceEmília só tinha certeza de uma coisa, que nunca esqueceria a expressão de seu amado no dia de sua morte. Começou de novo, mas nem tudo acontece como ela imaginava. Será que Emília conseguirá arrumar o futuro? Será que ela será escolhida por seu amad...