Capítulo 51 - Espiões

19 7 0
                                    


— Não tenho ideia, eu também não sabia.

— Ainda bem que eu trabalho para você — comentou Andel rindo de nervoso ao calcular quão rico era o ducado.

— Temos que manter isso entre nós, pelo menos por enquanto, mas acho que terei que contar a Elija e a Emília, se for a próxima Duquesa.

— Com certeza ela vai ser. Se você não quiser dizer quais artefatos estão escondidos aqui para protegê-los, porque você só não diz que tem um artefato aqui que pode mudar a guerra, assim você não conta que tem dois e muito menos que é um artefato de magia perfeita.

— Ótima ideia.

— Mas sabe o que eu não entendo.

— O que?

— Como eles sabiam que aqui havia esses dois artefatos se nem eu nem você sabíamos dele mesmo eu conhecendo você desde pequeno, nunca nem por um instante descobri o que a Duquesa escondia eu só suspeitava que ela escondesse algo, mas só. Então, como foi possível?

— Vou perguntar a Heins se ele sabe de algo e se a antiga criada de minha mãe sabia de algo também, isso é certamente preocupante, temos que procurar um espião em nosso ducado.

— Ok, começarei a olhar isso de forma disfarçada para não perceberem que descobrimos, lógico que começarei imediatamente, não podemos perder um minuto, afinal eles podem acabar ouvindo o nosso plano de colocar um espião na rebelião.

— Perfeito faça isso, continue assim, agora vamos embora daqui, apesar de eu estar tentado a olhar nesse livro para descobrir quem está tramando tudo isso, mas prefiro não mexer com artefatos mágicos mais do que se deve, se for necessário voltarei para descobrir.

— O artefato é seu, você quem sabe.

— Não, ele é e sempre será das duquesas, sendo assim não é meu, mas poderei usá-lo.

— Você tem razão.

— Esses artefatos podem causar guerras, eu não quero isso, vou esconder sobre isso e descobrir como eles descobriram — disse o duque com um olhar de preocupado.

— Usarei todos os recursos, inclusive, com a sua permissão, gostaria de solicitar a ajuda de Anthony, eu sei que ele seria muito capaz.

— Concedido, só não fale o que é que temos aqui.

— Sim, Vossa Excelência.

Andel foi na frente subindo as escadas enquanto Sebastian observava por mais alguns segundos o livro, "por que, mãe, você nunca me contou sobre isso?" ele se perguntou e subiu as escadas após dar uma última olhada no livro. Subindo trancou o cadeado novamente, exatamente como sua mãe deixara, Andel observava se não via ninguém, assim que Sebastian guardou a chave seguiram juntos de volta para mansão.

***

Chegando na mansão não perderam tempo, foram direto falar com Heins, eles tinham que ter uma ideia, então Andel e Sebastian pararam no meio do caminho. No momento em que pisasse dentro da mansão, Heins estaria lá para recebê-los, mas os dois sabiam que não poderiam levantar suspeitas. Assim que chegaram na varanda para entrar na mansão, Heins que havia sido notificado que o duque estava voltando, se encontrava na porta pronta para abri-la. Sebastian olhou para Andel e então teve uma ideia.

— Bem-vindo de volta,Vossa Excelência.

— Heins, eu sei que já está quase escurecendo e você gosta de ir dormir cedo, mas surgiu algo que preciso resolver imediatamente, peça a uma criada me trazer um chá para minha sala, e busque para mim tinta, a minha está quase no fim. Seja rápido.

A Dama de Cabelos Pretos (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora