— Bom?
— Sim, se as fontes estiverem corretas eu a encontrei e encontrei também a família dela, se não me engano vocês estavam procurando.
— Sim estávamos.
Eles conversaram bastante Anthony explicou inclusive colocando sua própria opinião sobre tudo que viu.
***
Depois daquele dia, dias se passaram, e já era sexta da semana seguinte, Emília estava com Sebastian na biblioteca, quando deu de cara com um livro chamado Uma teoria sobre o universo. Ela começou a ler e dessa vez não demorou muito para achar o que estava procurando.
Existe uma lei no mundo em que vivemos, pode até ser uma lei em outros mundos também, mas não podemos dizer com toda certeza. Mas a lei que está em tópico neste capítulo é bem interessante e faz muito sentido, podemos até chamá-la de lei da natureza. Existe uma lei que não permite a mesma alma estar em um mesmo espaço-tempo. Um pouco confuso, mas duas almas de uma mesma pessoa não podem estar juntas no mesmo lugar, vai contra a lei da natureza. Testemunhas de tal evento contam que aos olhos das pessoas a volta é como se a pessoa sumisse diante de seu olhos, com uma piscada. Mas a verdade é que para isso acontecer tem que ter contado dos dois corpos em que as almas estão e ela só permanecerá em um. No caso permanecerá o corpo que estiver em seu tempo correto. Agora para essas almas elas terão visto o que aconteceu, uma luz forte, iluminando o corpo, na qual terá que ir para o presente. Contudo vale dizer que é quase impossível o que tratamos aqui acontecer.
Emília estava completamente chocada, pois de certa forma ela acabara de descobrir que tinha culpa sim no desaparecimento de Miranda. E por ela estar no corpo certo ela foi escolhida para ficar e assim Miranda desapareceu. Ela releu aquilo mais algumas várias e várias vezes, parte dela não queria acreditar no que houve.
Sebastian notou que ela não estava muito bem, e foi até ela ver o que havia acontecido, também já estava quase na hora de voltar para mansão.
— Você está bem?
— Sim — fingiu ela.
— Não parece.
— Não é nada, fique tranquilo.
Ele a ajudou a se levantar, e deixou ela contra a estante de livros.
— Só te deixo sair na hora que me contar o que houve.
Ela mordeu os lábios não queria contar o que havia lido tinha medo de além dele descobrir mais do que ela jamais havia lhe contado, tinha medo de ser presa de novo. Mas Emília não fazia ideia de que sua mordiscada no lábio fez com que ele perdesse o foco do que estava fazendo ali. A concentração dele mudou completamente para os lábios dela, ele sentiu um impulso de chegar mais perto. Ele estava se segurando, ela percebeu que ele tinha se inclinando bem de leve para ela, ela pensou em recuar, mas ela não queria, fazendo ela mordiscar o lábio mais uma vez.
Sebastian cedeu um pouco sua altura e sem perceber ele estava tão perto dela que seus olhos começaram a se fechar, ele esperou que ela recuasse como daquela vez, mas ela não o fez. Foi neste momento que ele se deixou levar, ela fechou os olhos, ele fechou os olhos, seus lábios quase encostaram os dela. Foi quando bateram na porta e entraram, eles se afastaram correndo voltando a si, não podiam ser pegos daquele jeito numa biblioteca. Emília sentia-se tão frustrada quanto o duque.
— Como está tarde já passou alguns minutos do horário que sua excelência marcou, eu vim acompanhá-los até a saída — falou o moço que trabalhava na igreja.
— Perdão, perdi a hora, sei que vocês tem que fechar para começar a refazer a preservação dos livros — comentou o duque.
— Obrigado por nos entender.
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A Dama de Cabelos Pretos (em revisão)
Roman d'amourEmília só tinha certeza de uma coisa, que nunca esqueceria a expressão de seu amado no dia de sua morte. Começou de novo, mas nem tudo acontece como ela imaginava. Será que Emília conseguirá arrumar o futuro? Será que ela será escolhida por seu amad...