Blue Rose (Parte II)

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Crédito do banner: Agraviane {Wonderful Designs WD ❤️}
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Convivendo sob o mesmo teto com o irmão, Vergil aprendeu que seu gêmeo não tinha a mínima competência para manter o ambiente, que se supõe ser de trabalho e sua moradia, arrumado por uma quantidade razoável de tempo para que não fosse particularme...

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Convivendo sob o mesmo teto com o irmão, Vergil aprendeu que seu gêmeo não tinha a mínima competência para manter o ambiente, que se supõe ser de trabalho e sua moradia, arrumado por uma quantidade razoável de tempo para que não fosse particularmente incômodo permanecer casualmente ali. Haviam duas caixas de pizza sobre a mesa, engradados de refrigerante espalhados por entre a mobília ou latas jogadas individualmente a sorte, também ainda tinham revistas e jornais velhos no chão, um cenário catastrófico de bagunça que fazia o mais velho se arrepender amargamente de ter aceitado viver com seu irmão se isso fosse tudo que ele teria que encarar em um dos dias parados de serviço, somado a destruição eventual com os ataques esporádicos de demônios.

Esteve anos vivendo em condições precárias até para um ser humano, sobrevivendo do que encontrava e na imundície - sendo uma criança que carecia de recursos e de cuidados básicos até sua adolescência. Não teve escolha naquela época, mas, agora, não suportaria ter que dividir um cômodo com alguém com tão pouco asseio pelo espaço comum. E, em termos de conduta e organização, Dante superaria toda definição de caótico, exatamente por essa razão que sobrava para Diva se encarregar das tarefas domésticas e cumprir os cuidados do local com o seu auxílio.

Diva depositou as caixas e as latas no lixo enquanto Vergil varria o resto da sujeira pelo chão para que não se acumulassem mais. Ambos funcionavam com uma sinergia única mesmo quando se tratava de uma árdua limpeza no escritório. E Diva estava mais que feliz em ter alguém para dividir as tarefas e não se sobrecarregar. Em contraponto com seu gêmeo vulgar e preguiçoso, Vergil possuía uma noção apurada de preservar o esforço de Diva em limpar a agência.

Assim que finalizaram tudo, Vergil observou que o lírio que presenteara Diva se encontrava em uma prateleira mais distante do epicentro da área de maior circulação do escritório. Ela ainda estava tão fresca quanto no dia que lhe dera. Imaginou que isso se devia a capacidade de cura da mulher que rejuvenescia a delicada flor para mantê-la saudável.

Lembrou, por um instante, da florista que o atendeu naquela ocasião e que prometera visitá-la para comprar outras flores. A velha senhora o tratou com gentileza e se sentiu, por mais que se negasse a admitir, em dívida com tamanha hospitalidade e compreensão. Ajeitou as roupas e marchou até a porta, parando assim que uma vaga ideia lhe ocorreu.

- Gostaria de ir comigo a um lugar, Diva?

Ela o encarou surpresa, um rubor tímido tingindo suas alvas bochechas. Os orbes castanhas reluziam com deleite, uma emoção genuína de alegria com um convite simplório.

- Oh! Sério? Adoraria acompanhá-lo! - sorriu entusiasmada, agarrando uma bolsa prontamente para partir. - Onde vamos?

- Logo você verá. - Diva inclinou a cabeça com a resposta do meio-demônio, estudando-o com um semblante tranquilo e afável. Sem, entretanto, questioná-lo em demasia, respeitando sua personalidade estoica e tácita.

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