"Eles são apenas humanos, eles não vêem... Quem eles são é o que sempre serão.
Apenas humanos, apesar de tudo"[Arya/Soph e Sebastian/Ain | Dinâmica Rivalidade | Luz&Trevas | Song-fic]
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Lá, do alto sob a luz tímida e cálida do sol, podia contemplar de longe a singularidade dos pequenos humanos.
Criaturas frágeis e voláteis que caminhavam sobre a Terra em uma busca constante para saciar seus desejos e dúvidas.
Aos seus olhos curiosos e compassivos, aqueles seres parecia deveras interessantes com as perspectivas limitadas que possuíam em suas crenças, porém, não obstante desse fato, tais histórias e até mesmo toda sua cultura, enquanto sociedade primitiva, seguia a diante sendo repassada para seus descendentes a medida que envelheciam e morriam em seu ciclo ínfimo de vida – eles nunca morriam realmente para as demais gerações. Não cansava-se de observar a evolução gradual e como eles atravessavam o mundo e os desafios impostos, sempre lutando brava e corajosamente por algo melhor, para sobreviver.
Eram admiráveis de certa forma.
Em seu privilegiado assento, assistiu uma família pobre migrar por um caminho árido e inóspito, suportando as eventuais enfermidades e necessidades negligenciadas, porém reerguendo-se em meio a poeira e cinzas, nunca desistindo de seus objetivos.
Aproximando-se, em uma postura casual e séria, seu irmão mais velho que, diferente de si que nutria uma devoção inocente pelos humanos, desprezava-os pela mesma razão que ela os amava.
– São humanos – ele anuiu com desdém venenoso escorrendo de sua boca perfeitamente esculpida. – Nada mais que isso.
Contrária ao comentário, carregado de desprezo, continuou fitando maternalmente aquelas criaturas dotadas de um fé inabalável e determinação de aço.
– Olhe como eles se arrastam no chão como formiguinhas...
– Sim, mas como eles fascinam confundindo destino com o que é apenas mera... Coincidência.
Ele meneou a cabeça diante da ingenuidade da irmã, sabia que sua bondade somada a sua curiosidade acerca desses humanos ocluía sua visão para as imperfeições e males que eles causavam em tudo que tocavam.
Eles são a pestilência para o mundo maravilhoso que lhes foi presenteado.
Não é engraçado?
Mostrou cenas de guerras em nome da ganância de poucos cuja única razão de mandarem seus soldados lutarem era para expandir seus impérios, seus territórios acima das alma perdidas, o dinheiro acima do incessante derramamento de sangue.
Não é uma pena?
Ela suspirou apiedada.
Pensando que há alguém no céu para culpar?
Encarou o irmão que, menos envolvido em emoções frívolas, lhe fazia vê-los se degladiando impiedosamente e o lado mais pobre tentando proteger seus semelhantes das tragédias que os aguardavam.
Sim, mas mesmo enquanto culpam o destino pelas vidas que levam... Eles esperam pelas vidas que precisam.
Novamente não conteve seu descontentamento com o comportamento ignóbil de Soph e sua insistente mania de atribuir o melhor para aspectos tão negativos.
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Coletâneas do Cotidiano em Devil May Cry
FanfictionEntre caçadas de demônios e impedir que Imperadores Infernais dominem o mundo, a trupe de Devil Hunters - junto da Garota de outra dimensão - será posta em abordagens mais humanas, vivendo cada particularidade de uma vida comum nos parâmetros mais n...